Qualquer aficionado por superesportivos vê o nome deste carro e já lembra do recente anúncio de que as 500 unidades de sua tiragem estão prestes a esgotar. Sendo assim, quão surpreendente é a notícia de que uma delas será destinada ao Brasil? A marca já está decidindo a venda entre um pequeno grupo de interessados, mas qualquer pessoa pode contemplar uma unidade exposta na primeira revenda exclusiva da marca no Brasil, em São Paulo. E você poderá saber o que esse carro tem de tão especial lendo este artigo.
Suas diferenças já começam pelo fato de ele ser o primeiro modelo de alto desempenho fabricado pela Lexus, divisão da Toyota que até então focava nos mercados orientais, e apenas no setor de alto luxo. Esses genes tão diferentes lhe trazem uma combinação irresistível a começar pelo design. Afinal, sua dianteira causa impacto com as entradas de ar destacadas em conjunto com os farois pequenos e uma grade dianteira de perfil bem baixo e disfarçada pelo avantajado capô, que por sua vez chama atenção por sua largura não alcançar os paralamas. As laterais conseguiram linha de cintura elevada que lhe dá um ar elegante e moderno, mas ao mesmo tempo valorizando as belíssimas rodas de cinco raios duplos – quem rouba a cena nesta seção são as entradas de ar atrás das portas, com formato de onda que avança sobre as janelas traseiras. Já a traseira conta com lanternas estreitas mas posicionadas logo acima de duas vistosas saídas de ar pretas, que ladeiam a placa e ficam acima dos três canos de escape dispostos em triângulo. O aerofólio não é grande a ponto de ficar exagerado, e só emerge da carroceria em velocidades mais altas.
O padrão da Lexus domina a cabine de dois lugares, que abusa do luxo e da tecnologia em qualquer parte que se olhe, caso do seu console central mais alto do que o comum e do volante em duas cores com base achatada que oculta o quadro de instrumentos com os demais instrumentos rodeando o conta-giros, todos em iluminação branca. O LFA tem produção mensal de apenas vinte unidades em forma artesanal, o que permite que cada unidade seja encomendada seguindo os exatos pedidos do comprador quanto a cores e padrões de materiais. Com isso, o comprador brasileiro também terá direito a viajar à fábrica do modelo, na cidade japonesa de Motomachi, e acompanhar sua produção enquanto configura os mínimos detalhes que desejar. Ou seja, o carro exposto na revenda paulista só veio ao país a passeio, porque a unidade dedicada ao Brasil ainda não foi produzida; aliás, terá previsão de entrega para o início do ano que vem. Como se não bastasse o caráter de exclusividade do cupê, outro fator que faz a Lexus planejar bem para quem irá vendê-lo é que o carro está avaliado em R$ 2,9 milhões.
Dirigindo-se à parte que mais interessa num superesportivo, sob o estreito capô se esconde um 4.8 V10 aspirado, que honra a escola japonesa pela altíssima tecnologia embarcada, mas também por trabalhar a regimes de rotação bem elevados, chegando às 9.000 rpm. Tanta força se traduz na potência do 560 cv a 8.700 rpm e no torque igualmente cavalar de 48,9 kgfm, este a 7.800 rpm. Isso se comanda com o seu câmbio automático sequencial de seis marchas para que o bólido chegue às marcas de aceleração de 0 a 100 km/h em 3s6 e velocidade máxima de 325 km/h. Parte do mérito dessas marcas vem da carroceria construída inteiramente em fibra de carbono, mas o resumo desta ópera é que elas são suficientes para colocar a Lexus entre as melhores fabricantes de superesportivos da atualidade.