Novidades como a deste artigo podem parecer banais hoje em dia, mas seriam verdadeira razão de festa no Brasil dos anos 1990. Numa época em que marcas como BMW e Mercedes-Benz eram vistas de longe e que em Nissan ou Peugeot simplesmente não se ouvia falar, os entusiastas vibravam a cada anúncio que uma importadora fazia das suas novidades. Porém, alguns desembarques são tão especiais que conseguem causar furor parecido mesmo na volubilidade do mercado de hoje. Dois desses casos são os que você está prestes a conhecer.
Assim como a maioria das montadoras de participação mais expressiva, a Porsche lançou a nova geração do 911 (cujo código é 991) “em partes”: o primeiro anúncio foi feito apenas nas variações mais “comuns”, deixando as especiais para mais tarde e cada uma em um evento separado. Essa estratégia é interessante não só por aumentar o tempo que a novidade permanece sob os holofotes da imprensa como também ajuda a dar o destaque desejado a cada variação: as convencionais são apresentadas no começo porque o destaque vai todo para o fato de se estar recebendo um modelo todo novo, com todas as melhorias de projeto que se costumam esperar em relação a seu antecessor.
Já no caso das versões especiais, o melhor é esperar que o público se acostume com a novidade “geral”. Porque quando isso acontece, revelar uma versão nova passa a concentrar as atenções somente nas diferenças que ela traz em relação ao que já se mostrou antes. Voltando às novas versões do 911, por mais que as encomendas já se possam fazer desde agora, as unidades da Turbo S só devem chegar em dezembro, pelo preço de R$ 1.099.000 iniciais. Já as GT3 (começam em R$ 799.000) virão no primeiro trimestre do ano que vem, mesma época das variações Turbo e Turbo Cabriolet. Por último, a Turbo S Cabriolet deverá aparecer antes do segundo semestre de 2014.
Segundo a marca, o destaque do 911 GT3 é apresentar um esportivo de rua com características vindas de carros de competição. É a partir dele que a Porsche cria os GT3 Cup para campeonatos monomarca e o GT3 RSR, que compete em nada menos que as 24 Horas de Le Mans. A performance necessária para tudo isso inclui o uso de elementos em titânio e fibra de carbono, além de características como o esterçamento ativo das rodas traseiras, para melhorar o comportamento em curvas de alta velocidade. Ele traz um motor 3.8 que gera 475 cv e utiliza o câmbio PDK, de dupla embreagem: esse conjunto lhe permite acelerar de 0 a 100 km/h em 3s5 e alcançar 315 km/h de velocidade máxima.
Por outro lado, a versão Turbo S ocupa o topo da linha do esportivo, tanto em luxo como em desempenho. Seus equipamentos incluem discos de freio em cerâmica, tração integral, sistema anti-rolagem, coxins dinâmicos do motor, esterçamento ativo das rodas traseiras e um conjunto de defletores que podem mudar de posição para obter o efeito aerodinâmico mais conveniente a cada momento. Neste caso, o trem-de-força é composto pelo motor biturbo de 560 cv, que conta com a transmissão PDK de sete marchas e é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3s1, além de alcançar a máxima de 318 km/h. As outras versões ainda não tiveram seus preços definidos para o Brasil.