Quando se investe em criar a imagem pública de um carro (ou tentar mudá-la), como através de eventos de imprensa, propagandas e postagens em redes sociais, os caminhos a seguir são dois. Um seria a “carreira solo”, que usa apenas suas características de destaque para que o modelo crie uma imagem exclusiva. Ele pode gerar resultados incríveis, mas não convém lidar com seus riscos e dificuldades para qualquer carro. É por isso que a maioria se relega à opção muito mais previsível, e que não deixa de ser boa: exaltar as origens que o carro tem.
Promover modelos como Nissan Juke jamais se faria com ações convencionais porque seu principal argumento de vendas é justamente a subversão. Já a maioria dos demais não tem o foco tão concentrado na imagem porque precisa investir em aspectos mais racionais. Como estes, por sua vez, lidam com clientes mais numerosos e que têm expectativas mais rígidas, a melhor estratégia para cativá-los é inspirar confiança acima de tudo. Daí vêm as ações de publicidade ressaltando as operações da fábrica no país, os históricos de vendas de marca e/ou modelo, e as frequentes alusões aos demais produtos da mesma marca. A ideia é integrar a novidade ao entorno que tem, para que o anúncio de suas características próprias seja amparado pela reputação da empresa.
Quando se fala na Idea, basta conhecer seu contexto no Brasil para entender por que a estratégia “segura” seria a mais indicada para ela. Esta minivan foi projetada para a Europa como uma parente distante do Punto de segunda geração, compartilhando apenas a plataforma, mas a filial brasileira decidiu que ela também teria bom potencial por aqui. O problema seria convencer nosso público a comprar uma minivan Fiat pela primeira vez, mas isso se contornou porque aqui ela foi integrada à família Palio. Primeiro com alterações para receber a plataforma dele, mas depois também com a parte visível: bastou que ela aderisse à série Adventure para deslanchar. Ela terminou fazendo mais sucesso aqui do que na terra de origem.
Tudo isso foi o que lhe fez merecer um facelift exclusivo para cá, que abriu a porta para mais versões especiais. Depois da Sporting e da série especial Itália, agora é a Sublime que se estende de outros modelos à minivan. Por R$ 52.150, ela parte dos equipamentos da versão Essence com câmbio manual (passando a R$ 54.620 usando o Dualogic). A parte especial começa pelo exterior: estão lá adesivos alusivos, farois com máscara negra, frisos cromados, rodas de liga leve aro 16” e as únicas opções de cor externa sendo branco Kalahari e preto Vulcano, exatamente como nas edições Sublime de Linea e Grand Siena. Mas as semelhanças não param por aí.
Entrando na minivan, o revestimento em dois tons não demora a chamar a atenção. Os bancos de couro usam um tom de marrom com costura e detalhes brancos, combinação similar à do volante multifuncional. Estas mesmas cores são usadas em portas e painel, este último tendo o console central com o Insert Molding simulando aço escovado. Também vêm tapetes em carpete, vidros elétricos traseiros e o sistema de som multimídia Connect, com conexão Bluetooth, em adição ao pacote de itens que a versão de base já traz de série. Assim como com os sedãs, a edição Sublime da Idea será adquirida como um pacote de equipamentos somado à versão Essence, com o preço de R$ 4.899. Seu motor é o mesmo 1.6 16v e.TorQ de até 117 cv e 16,8 kgfm.