Mitsubishi Outlander PHEV

Clique para ver uma imagem traseiraTecnologias alternativas de propulsão buscam melhorar a eficiência energética do automóvel em geral, mas sempre deram prioridade ao uso urbano. Afinal, o anda-e-pára maximiza o consumo, e a concentração de veículos nas ruas faz o mesmo com a emissão de poluentes. Os primeiros híbridos e elétricos foram carros pequenos, mas eles apareceram na mesma época em que os irmãos SUVs, maiores e mais pesados, começaram a migrar para a cidade. Sendo assim, não era mais que uma questão de tempo até que aparecessem casos como o que este artigo está por apresentar.

Esta é a primeira vez que o Outlander ganha uma versão de apelo ecológico. Não só pelo fato de sua tecnologia ser recente, mas também porque ele chegou à geração atual sofrendo uma mudança de conceito. A Mitsubishi decidiu abandonar o lado esportivo que lhe caracterizou durante os anos 1990 e 2000 para adotar valores que considera ser mais adaptados à realidade de hoje. Passou a investir mais do que nunca na eficiência energética de seus carros, e o quis fazer como um todo: os motores mais frugais foram associados a construções modernas, com peso reduzido, aerodinâmica mais eficiente e melhor aproveitamento de espaço. Assim, o Outlander trocou destaques como design dianteiro Jetfighter por outros como a versão PHEV.

Esta versão é batizada pela sigla de Plug-in Hybrid Electric Vehicle, e isso já explica muita coisa: além da tecnologia híbrida que já conhecemos mesmo no Brasil, ele soma a opção de o próprio dono recarregar suas baterias: usando tomadas convencionais, de 110 ou 220 V, a recarga completa dura em média cinco horas. Porém, quem reside em cidades grandes pode usar os quick chargers, pontos de uso público que carregam até 80% da capacidade em até trinta minutos. Se, por um lado, essa possibilidade exclui o modelo do recente incentivo fiscal dado pelo governo a veículos híbridos (só foram beneficiados os que não permitem recarga externa), por outro é possível usar o modo 100% elétrico mais do que nunca: nele, é possível superar os 50 quilômetros.

Em outras palavras, é bastante provável que você consiga usá-lo durante a semana sem gastar uma gota de gasolina. E talvez seja por isso que até na ficha técnica essa propulsão é minoria: o PHEV tem dois motores elétricos e só um a combustão. Seu software monitora as condições de rodagem para sempre adotar a combinação mais econômica, sem afetar a performance. Ele ainda traz os modos de condução Charge, em que o motor a gasolina dá prioridade à recarga das baterias, e Save, em que a prioridade é reduzir o uso destas. Ainda falando nelas, elas foram instaladas de maneira tal que o espaço interno permaneceu igual ao das versões 2.0 e 3.0 V6. Quanto à performance, como os motores elétricos têm mais torque, conseguiram anular o efeito do peso das baterias.

Com preço estimado em R$ 190 mil, a novidade também agrada pelos equipamentos: estão lá nove airbags, central de entretenimento Black Glass com tela de 7”, ar-condicionado bizona, controles de tração e estabilidade, tampa do porta-malas com operação elétrica, tela de 4,2” em alta definição no quadro de instrumentos, rodas de liga leve aro 18” e toda uma série de sistemas eletrônicos de segurança passiva. Somando o Comfort Pack vêm câmera de ré, detector de obstáculos e sensores crepuscular e de chuva. Também há conectividade com smartphones, para que o usuário possa monitorar as informações do carro com um aplicativo. O sistema Super All Wheel Control é operado por botão e tem os modos Auto e 4WD Lock.