Pode-se dizer que esta novidade foi antecipada pelo Inovar-Auto. Entrar no programa com projeto de fábrica no país trouxe a isenção do IPI de importados para os veículos da BMW, culminando na recente redução de preços em quase toda a linha nacional. Foi a lista deste evento que chamou atenção para ver que a Série 6 teria novidades em breve. A excelente surpresa é nós termos recebido um dos mais novos modelos da marca com menos de um ano de atraso, cujas informações você poderá conhecer neste artigo.
Prosperar no mercado de carros da atualidade é um objetivo que só tem alguma chance de se cumprir se os trabalhos para isso incluírem o ato de inovar. Seja em desenho, tamanho, equipamentos, o espectro de possibilidades sempre foi enorme, mas apenas nas últimas décadas tem sido explorado como sempre mereceu. A estratégia de procurar lacunas para preencher fez o mercado receber diversas categorias de carros que seriam inimagináveis quinze anos atrás, mas assim como criar novos conceitos nem sempre resulta em sucesso, mesmo o ato de apenas seguir um concorrente ao entrar no segmento que ele criou requer cuidados. Como a iniciativa do Mercedes-Benz CLS já foi seguida por Audi A7, Aston Martin Rapide, Porsche Panamera e até Volkswagen CC, mesmo que a BMW tivesse decidido segui-las, o atraso que teve foi compensado pelo conceito que traz o Gran Coupé. Sua dianteira mantém os traços da Série 6, mas seu pulo-do-gato está nas proporções: em vez de esticar o conceito de cupê até comportar as portas adicionais, a ideia aqui parece ter sido partir de um sedã convencional e deixá-lo muito mais casual e esportivo. Fica bastante claro que o objetivo de fazê-lo mais elegante que os rivais diretos foi cumprido, porque a esportividade do Gran Coupé ficou muito mais sutil, sem intenções explícitas como o caimento tipo fastback do A7.
Um traço comum a todos os modelos da Série 6 é que a parte traseira não dispensa o terceiro volume curto, mas bem pronunciado; ver isso no Gran Coupé permite a interessante elucubração de que se a BMW não fosse uma marca de tradições tão fortes, este carro poderia ter vindo como uma nova Série 5 ou Série 7 sem deixar nada a desejar. Mas o porta-malas de 460 litros é apenas a entrada dos fundos ao próximo encanto deste carro: a luxuosa cabine, dedicada a quatro pessoas. A novidade chega ao Brasil na versão 640i, cujo pacote inclui bancos de couro com ajustes elétricos, rodas de 19”, sistema de som com sete alto-falantes e disco rígido de 12 GB e o Connected Drive, a central multimídia que usa uma touchscreen de 10,2” para acessar a lista de funções que inclui navegação GPS e uso da internet 3G de celulares. Já o pacote de segurança inclui farois com LEDs e iluminação inteligente, seis airbags e controles de tração e estabilidade – como opcionais, ele terá controle ativo de velocidade, sistema HUD, novas opções de acabamento e o kit aerodinâmico M Sports. Espera-se a versão 650i para breve, mas por enquanto já se tem a performance do 3.0 turbo de seis cilindros, que entrega potência de 320 cv e torque de 45,9 kgfm, suficientes para que ele esqueça dos 1.825 kg e acelere de 0 a 100 km/h em 5s4 e chegue à máxima limitada de 250 km/h. Custando R$ 399.950, a BMW pretende vender cinquenta unidades do 640i até o fim do ano.