BMW Série 3 GT

Clique para ver em alta resoluçãoAtravés do evento BMW Ultimate Experience, realizado em São Paulo, o fabricante alemão não só apresentou sua linha completa aos clientes e imprensa como também aproveitou para confirmar o desembarque de mais um modelo no país. Lançada no último Salão de Genebra, a versão Gran Turismo foi estendida à Série 3 com várias evoluções para tentar reverter a má fama conseguida pela equivalente da Série 5, surgida anos atrás. Apesar de a novidade ter aparecido em avant-première, suas informações iniciais já foram divulgadas.

Como seria combinar todas as qualidades típicas de qualquer membro da Série 3 a espaço interno maior, porte mais imponente e um desenho que mascara o subsequente aumento de dimensões com a silhueta de cupê da qual tanta gente gosta? Essa proposta na verdade foi a mesma que motivou a BMW a lançar o primeiro GT, em 2009, mas o insucesso deste veio por aspectos como desenho de gosto duvidoso e dirigibilidade afetada pelo tamanho e peso maiores, sem contar com os preços elevados. Em outras palavras, o modelo se afastou do que na verdade distingue os BMW dos demais.

Olhar as imagens do Série 3 GT revela que a intenção foi justamente dar atenção maior a isso, para dar mais uma chance a esta variação do conceito de crossover que na verdade é a mesma vista no X6 e no futuro irmão X4, nestes casos associada a portes maiores. Seus aumentos de comprimento, largura e altura de dirigir deixaram a cabine bastante ampla, incluindo um porta-malas cujos 520 litros (1.600 ao rebater os bancos traseiros) lhe deixam maior até que o da versão Touring, station wagon que não é vendida no Brasil. A cabine, no entanto, preserva todos os traços dos demais Série 3: estão lá desenho horizontal, comandos voltados ao motorista, revestimento de altíssima qualidade e elementos como a central multimídia iDrive Touch.

Por fora, o extensivo retrabalho de design começa com a inclinação da traseira, que segue o estilo fastback em proporções mais esportivas que o irmão maior. A aposta da BMW não foi em mudar o estilo, mas sim adaptá-lo à nova carroceria. A dianteira segue os mesmos traços do sedã, a traseira mantém a inspiração no X5 e até as janelas sem moldura e o aerofólio traseiro ativo foram repetidos (novidades estreadas pelo Série 5 GT, o último sendo acionado a partir dos 110 km/h), mas sempre com dimensões calculadas de forma a manter o equilíbrio – isso é o que faz o carro parecer ter crescido menos, em relação aos outros Série 3.

Esta nova interpretação das qualidades que fazem a fama dessa família há décadas chega ao Brasil em duas versões: a 320i GT vai chegar em outubro por cerca de R$ 154.950 ao passo que a 328i GT virá em novembro, custando R$ 194.950 porque soma o pacote de acessórios esportivos M Sport. Sempre com câmbio automático de seis marchas e sistema start/stop, a primeira traz um 2.0 turbo de 186 cv e a segunda a versão de 248 cv do mesmo motor, mas essa família ainda pode aumentar: se a recepção for boa o suficiente, estas versões podem ganhar a companhia da 335i GT, cujo 3.0 turbo produz 306 cv.