Assim como sua marca e seu próprio nome, as versões que um carro recebe também ajudam muito na formação da imagem com a qual será visto pelo público, especialmente quando são nomes com fama antiga. Quando se via um modelo na versão Ghia, por exemplo, não havia dúvidas de que se tratava de um Ford de luxo. Um GTI quase sempre é um Volkswagen esportivo. E restringindo-se ao Brasil, a palavra Adventure já se associou às variantes de off-road leve da Fiat. No Reino Unido, uma das versões mais respeitadas é a JCW, da Mini.
Inicialmente associada às corridas, a empresa John Cooper Works sempre garantiu dose extra de esportividade aos compactos da Mini desde várias décadas atrás. Mas sua união com a marca só se completou no começo dos anos 2000, já com o Cooper sendo vendido em sua fase moderna: como o Grupo BMW já estava obtendo muito sucesso com a compra da Mini, não demoraria muito para aumentar seu portfólio com a preparadora criada pelo filho de John Cooper, este o criador do Mini Cooper original. Hoje em dia a JCW se responsabiliza por versões de alto desempenho dos modelos da marca inglesa, de forma muito parecida à da AMG com os Mercedes-Benz, à da Motorsport com os BMW e mesmo à da Abarth, com os Fiat. As imagens já antecipam que o pacote visual tem suas próprias normas quanto às cores, por exemplo; branco, preto e vermelho são exaltados nos apliques de plástico preto da parte inferior, capas de retrovisores, rodas, teto e nos adesivos de listras, sempre contrastando com a pintura da carroceria e combinando com as mudanças visuais da cabine. Já a performance se otimiza com o kit aerodinâmico composto por parachoques de desenho esportivo e spoilers laterais e traseiro, mas não é apenas nisso que estes ingleses param.
Nosso mercado acaba de receber as variações “apimentadas” de Cooper, Cabrio, Coupé e Roadster da linha atual de uma vez – também existem as de Clubman, Countryman e Paceman, mas provavelmente não venderiam muito aqui por conta do preço. Todos trazem o pacote de equipamentos mais completo que oferecem, de forma que as listas chegam a airbags frontais e laterais, ar-condicionado automático, bancos de couro exclusivos, controles de estabilidade e tração, freios e suspensão esportivos, navegador, sistema de som Hamman Kardon e todo o kit visual mencionado, que usa rodas de liga-leve aro 17”. Mas o que dá mesmo o destaque dos JCW é o 1.6 turbo, comum aos quatro e que traz injeção direta e comando de válvulas variável para gerar 211 cv de potência e 26,5 kgfm de torque (que chega a 28,5 kgfm ao ativar o overboost). Sempre usando um câmbio automático de seis marchas, seguindo a ordem do começo deste parágrafo se têm acelerações de 0 a 100 km/h em 6s7, 7s1, 6s6 e 6s7. Já os valores de velocidade máxima ficam em 236 km/h, 233 km/h, 238 km/h e 235 km/h, e os respectivos preços em R$ 136.950, R$ 151.950, R$ 141.950 e R$ 156.950.