Tanta espera finalmente foi compensada. A linha de médios da Chevrolet continua sua renovação ao ganhar o hatchback do Cruze, um projeto mundial que já virou sucesso de vendas em todos os mercados onde atua. Porém, enquanto no exterior ele se chama apenas “Cruze hatchback” ou no máximo “Cruze 5”, o nosso mercado procurou reforçar o lado exclusivo da personalidade do dois-volumes: usado apenas aqui, o nome Sport6 significa muito mais do que parece.
Este é um dos raros casos em que o hatch foi o que veio derivado do sedã, e isso se vê com o fato de que eles são iguais até as portas traseiras, mas a Chevrolet merece destaque por ter usado isso a seu favor. Bastou suavizar o arco do teto para que terminasse mais recuado e permitisse o corte hatchback. Isso lhe deu um belo perfil que lembra os cupês, e ainda trouxe a vantagem de algo a mais de espaço no banco de trás. A traseira ganhou elementos exclusivos, em que se destacam as lanternas grandes, mas ele só herdou as vantagens do sedã: o mesmo entre-eixos num carro 9 cm mais curto traz o mesmo espaço interno com porta-malas pouco menor e dirigibilidade até melhor.Desenho esportivo e estabilidade melhor combinam perfeitamente com a tão mencionada proposta própria do Sport6. O desafio de vender carros de uma mesma família está em que não vale a pena oferecer apenas desenhos de traseira diferente para um mesmo produto, porque isso provoca que uma variação roube vendas da outra, já que atrairão o mesmo público. É para evitar isso que o Sport6 se diferencia em outros dois quesitos, além da construção diferente. Ele usa grade dianteira tipo colmeia, farois de neblina com aros cromados e parachoques com spoilers, além de que a cabine só vem na cor preta. Além disso, ele é o Cruze que atende as reclamações que o sedã levou: pode vir com teto solar e cores mais chamativas, como o vermelho Chilli.
Ou seja, agora o cliente pode levar um carro mais sóbrio ou mais jovial sem que ele deixe de ser um Cruze. Por outro lado, se o três-volumes agradou pela fartura de equipamentos, o Sport6 jamais poderia deixar de aproveitar essa boa fama: ele honra o nome da família ao ser um dos mais equipados da categoria. Vem carregado com airbags frontais e laterais, ar-condicionado automático, controles de tração e estabilidade, direção elétrica, retrovisor interno eletrocrômico, as rodas de alumínio aro 17” do sedã LT, sistema de som multimídia com Bluetooth, trio elétrico e volante multifuncional de série já na versão de base LT, que sai por R$ 64.900.
O topo fica com a LTZ, que por R$ 77.400 agrega airbags de cortina, acionamento do motor por botão Start/Stop, navegador GPS, rodas de 17” exclusivas, sensores crepuscular e de estacionamento, teto solar elétrico e touchscreen de 7” no painel para a central multimídia. A parte mecânica é a mesma do sedã. Ou seja, temos o moderno 1.8 Ecotec e seus potência e torque de até 144 cv e 18,9 kgfm (caso do álcool), aliados a câmbio manual ou automático sequencial, ambos de seis marchas. O último tem diversas funções para otimizar a dirigibilidade, e adiciona R$ 3 mil na LT e R$ 2 mil na LTZ. A diferença se dá porque na LT ele vem junto com os bancos de couro, que vêm de série na LTZ.