Coincidência rara é a que aconteceu com a linha Audi RS5 no Brasil. O segundo semestre deste ano ficou marcado pela forte investida dos alemães em nos trazer vários modelos em curtos intervalos de tempo, completando uma lista cuja maioria foram variações do A5. Sendo assim, o último a chegar é nada menos que o mais veloz de todos, que faz jus à sigla que carrega. O curioso é que ele deveria ter completado a nossa linha, mas no mesmíssimo dia de sua chegada a Europa recebeu uma nova versão, que ainda não chegará aqui.
Entretanto, é óbvio que não vai ser um mínimo deslize de timing que retiraria qualquer parcela do prazer que é ver um carro dessa estirpe desembarcar oficialmente em nosso mercado. Superesportivos nunca têm vendas massivas nem mesmo nos países mais desenvolvidos, mas é justamente essa aparição comedida que lhes dá um toque superior, uma sensação diferente aos abastados entusiastas que não veem motivo de preocupação em desembolsar quantias como os R$ 441.500 que o RS5 pede por aqui. Por mais que seu capô esconda uma usina de força cuja capacidade não irá tardar em ser descrita aqui, ainda maior apelo neste carro é o visual. Os elogios feitos à linha S5 valem perfeitamente também para o irmão mais forte porque a ideia é a mesma. As entradas de ar são maiores, os spoilers continuam em cena e a traseira agora usa aerofólio retrátil, daqueles que mudam de altura conforme a velocidade. Os mais leigos podem não ter noção da história dos Audi RS, mas ver este daqui desperta em qualquer um a sensação de que ele é mais do que especial. A única ressalva se faz às rodas: por mais belas que sejam, um RS merecia um jogo exclusivo em vez do mesmo da linha S, não acha?
Talvez a Audi tenha partido do princípio de que todas as rodas se veem absolutamente iguais quando girando com alta velocidade, e aí passam a surgir aspectos imensamente mais importantes. 450 deles estão somente no motor, que gera essa quantidade de cavalos e 43,8 kgfm de torque. Façanhas de um 4.2 V8 FSI, que com isso leva o carro de 0 a 100 km/h em 4s6 e aos clássicos 250 km/h. Um lado excelente é que o câmbio automatizado S-tronic de sete marchas faz sua colaboração no consumo, que em ciclo misto fica em 9,2 km/l. Como era de se esperar, a tração quattro é apenas um dos inúmeros itens que recheiam o RS5. Ele vem com airbags de vários tipos, controle de estabilidade, diferencial traseiro esportivo, farois bixenônio com iluminação diurna em LEDs, revestimento da cabine em couro preto e rodas de 20” com pneus 275/30. Como ele vem direto da Europa, este cupê pode vir em oito opções de cor: Azul Sepang, Branco Ibis, Cinza Daytona, Cinza Suzuka, Prata Prisma, Preto Fantasma, Preto Pantera e Vermelho Misano. Esta última na mesma cor do logotipo que faz o fundo do logotipo do carro, presente em várias partes internas e externas: seu tamanho é inversamente proporcional ao nível que esse carro possui.