Notícias boas estão sendo as que os fabricantes alemães estão dando para o nosso mercado automotivo. Enquanto a Audi escolheu este ano para promover uma renovação completa em seu portfólio no país, a BMW está cada vez mais perto de ter sua fábrica brasileira. Com isso, já era de se esperar que a terceira integrante desse famoso grupo de arquirrivais desse a sua resposta sem demora. Apresentada em 2011, aqui se poderá ter uma noção da importância que a segunda geração da Classe B terá para sua marca no Brasil.
Seu evento de lançamento se fez na última quarta-feira na sede da filial brasileira, em São Bernardo do Campo (SP), e teve direito até à presença de Dieter Zetsche, CEO da Mercedes-Benz Cars mundial. A questão é que as grandes montadoras, especialmente as de luxo, estão fazendo o possível para aproveitar o crescimento do nosso mercado automotivo, cujos números de vendas são vistos como uma alternativa para contornar a grave crise pela qual passa a Europa. Isso culmina em que marcas como as do trio alemão deixem a restrição aos modelos muito caros e ofereçam cada vez mais opções de carrocerias e tamanhos, mas especialmente preços. Um ótimo exemplo é a Classe B, cuja proposta é aliar espaço interno farto e versatilidade de uso, vantagens típicas das minivans, à sensação (justificada) de sofisticação e alta qualidade que a marca exala ao redor do mundo há várias décadas. Ainda que os carros alemães nunca façam mudanças de estilo ousadas demais, o desenho traz modernidade em itens como as vistosas lanternas em LEDs, o pronunciado vinco ascendente que rouba as atenções nas laterais e a aplicação um tanto mais discreta da atual identidade de estilo da marca, caracterizada pela grade em um trapézio de perfil baixo.
Outro enorme apelo das marcas de luxo no Brasil é a cabine. Além do espaço interno generoso e das enormes listas de itens de série, o que mais seduz a clientela é a qualidade com que isso se oferece. Materiais agradáveis ao toque, peças com encaixe justo e silencioso, decorações sem excessos ou faltas, todos são fortes influências que empurram os consumidores a investir um pouco mais e optar por um carro destes, porque a retribuição vem com a sensação de subir de “nível”, alcançar um patamar que até poucos anos atrás se encontrava ainda mais distante pelo fato de esses modelos um tanto mais acessíveis terem ganhado força apenas a partir da segunda metade da década passada. Aqui o modelo sempre virá como B200, vendido nas versões Turbo e Turbo Sport. Ambos trazem itens como sete airbags, controles de estabilidade e tração e sistema start/stop, mas a segunda adiciona farois bixenon e o sistema Parktronic, que ajuda as manobras de estacionamento. Os preços respectivos de R$ 115.900 e R$ 129.900 lhe deixam um pouco acima da dupla Citroën C4 Picasso, mas a Mercedes-Benz ganha em motor: o motor 1.6 compensa o menor tamanho com turbo e diversas tecnologias de ponta para chegar a 156 cv e 25,5 kgfm de torque, suficientes para 0 a 100 km/h em 8s6, com câmbio de sete marchas e dupla embreagem. Afinal, quem disse que minivans precisam ser lentas e tediosas?