Você já percebeu como os carros de origem oriental têm ciclos de vida prolongados? Seus fabricantes tendem a evitar facelifts de meia-vida, fazendo-os sobreviver quase inalterados até a chegada de uma geração nova. Se por um lado a economia dessa medida permite que as novas gerações quase sempre tragam evoluções completas, enquanto elas não chegam os carros têm sua competitividade reduzida. É para amenizar este problema que a Frontier brasileira chega à linha 2013 com uma série de mudanças pontuais.
Mais adiante neste texto, você vai perceber que, na ponta do lápis, esta picape mudou muito pouco. Mas a atualização ganha importância porque pode ser vista como uma das demonstrações recentes de que a Nissan finalmente começou a se inclinar à tendência de estabelecer uma identidade visual mais firme em sua linha. Afinal, até então seus modelos vêm apresentando uma divisão de estilo de acordo á categoria: os utilitários ficaram conhecidos pelas formas retilíneas e frente imponente, com grade dianteira tripartida. Já os veículos urbanos começaram a apostar nas linhas orgânicas, com uma combinação de volumes arredondados e suaves que faz lembrar dos modelos da divisão de luxo Infiniti. Por outro lado, os dois-volumes tiram inspiração de linhas mais agressivas, caso das minivans inspiradas no carro-conceito Invitation, ao passo que os esportivos e o elétrico Leaf seguiram caminhos próprios. Tanta diversidade poderia trazer dificuldades à criação de uma só identidade visual, mas o fato é que os japoneses estão seguindo um caminho de muito bom gosto. Em vez de forçar o estabelecimento de tendências muito firmes em seus modelos, o que está sendo feito é adaptá-las às diferenças de tamanho e categoria que têm. Como as imagens indicam, a Frontier fez tais adaptações ao incorporar o desenho dianteiro estreado na edição limitada 10 anos, lançada em outubro passado.
As alterações são basicamente um redimensionamento dos mesmos elementos de antes, mas suficientes para lhe dar o tão desejado ar de novidade. A lista de série incorporou computador de bordo, destravamento das portas sem chave e vários detalhes internos cromados ou em prateado para todas as versões. Esta lista, aliás, ganhou nomes novos: a básica virou S e começa em R$ 91.990, para passar a R$ 100.490 com tração 4x4. A intermediária virou SV Attack (R$ 98.990) e adiciona sistema de som multimídia, além das pequenas exclusividades de estilo que surgiram com a série Attack original e se repetiram na edição de aniversário: novas rodas de liga leve na cor Titanium, a mesma dos farois de neblina e do defletor inferior do parachoque dianteiro – com tração 4x4, ela passa a R$ 107.990. Por último, a topo-de-linha foi rebatizada como SL para completar a sincronia de nomenclaturas com os modelos urbanos, caso de March, Livina ou Tiida. Ela sai por R$ 128.590 sempre com câmbio automático e tração 4x4 e ganha novas rodas de 18”, acabamento do parachoque dianteiro em prateado, farois de neblina cromados, frisos laterais, bancos e volante em couro, sistema de controle dinâmico VDC, chave inteligente I-Key, ar-condicionado digital de três zonas e câmera de ré.