Você conhece o Mitsubishi Motorsports? Os entusiastas de rali não vão demorar a apontar que é nada menos que a primeira competição monomarca do gênero a se realizar no Brasil. O sucesso que fez incentivou a montadora a expandi-lo ao longo dos anos, chegando hoje em dia a quatro modalidades – é possível competir sozinho ou em grupo, com automóveis de rua ou especiais, e em vários níveis de experiência. A edição especial da L200 Triton chega para comemorar mais um aniversário desse evento tão importante, que já percorreu todo o Brasil.
Este lançamento pode parecer mais uma série limitada em meio às tantas que se lançam em nosso mercado ano após ano, mas a verdade é que ela traz um reforço muito importante à imagem da Mitsubishi. Afinal, nós estamos em pleno auge da época dos crossovers. Se no começo estes eram tidos como inovadores, sua fórmula já foi tão repetida ao redor do mundo que já se tornaram lugar-comum, em cerca de cinco anos. Tudo indica que eles ainda vão prosperar por um bom tempo, mas hoje em dia já conseguiram voltar a inverter os papeis com os “legítimos” fora-de-estrada. É para aproveitar esse prestígio recuperado que a montadora japonesa continua a investir em sua linha de picapes e SUVs, por mais que também venda modelos como ASX e Outlander.
Seguindo este raciocínio, não havia modelo mais adequado para comemorar o aniversário de uma competição de rali que a versão Savana da L200 Triton. Ela recebeu todo um pacote de exclusividades para a série, mas mesmo o seu conjunto convencional já cumpriria a proposta muito bem: estão lá duas caixas de ferramentas na caçamba, rack de teto, snorkel (para transpor trechos alagados de até 80 cm de profundidade), reforços adicionais em seis pontos da carroceria e pneus especializados no uso em terrenos acidentados. Um detalhe interessante é que em momento algum ela tenta se passar por automóvel de luxo. Os requintes e o visual “urbano” ficam para a versão HPE, deixando a Savana muito mais livre para seguir a sua proposta.
Pode-se dizer, então, que a série especial deste artigo conseguiu exaltar o que a picape já oferecia naturalmente. Limitada a duzentas unidades, cada uma custando R$ 118.990, ela começa a atrair as atenções com a cor externa, o exclusivo bege Jizan. A marca se inspirou em representar lama, terra e areia com ela, por serem “elementos sempre presentes nas competições off-road”. Seu outro destaque são as rodas: apesar de que abandonar as de ferro da Savana convencional são uma pequena regressão na dedicação ao desempenho fora-de-estrada, é bem provável que elas venham na cor grafite para não levar o estilo do conjunto para o lado da versão HPE. Também vieram adesivos especiais no capô e nas portas traseiras e o emblema alusivo na traseira e nas laterais.
Entrando no carro, logo se nota que os bancos dianteiros têm revestimento em neoprene (material impermeável) e trazem o emblema alusivo à série bordado nos encostos. Este também aparece em outras partes da cabine, mas é no painel que fica uma plaqueta indicando o número de série de cada unidade. Sua lista de itens de série inclui amortecedores Full Displacement (mantêm a altura do veículo mesmo quando carregado), suspensão esportiva dinâmica (contribui para a estabilidade) e diferencial de deslizamento limitado, que distribui a tração 4x4 entre as rodas de forma automática. Sem contar com o contraste entre oferecer ar-condicionado automático e central multimídia ao mesmo tempo que uma prancha, para auxiliar em situações extremas de baixa aderência.