Pode-se dizer que o March seguiu caminho parecido ao da geração atual do Ford Fiesta: apareceu aqui primeiro como importado para que a marca pudesse estudar a demanda que teria. Se ela tivesse sido baixa, bastaria voltar a concentrar a respectiva fábrica nos outros países que atende. Por outro lado, com vendas apenas “boas” o melhor seria apenas manter tudo como estava. Já no caso do compacto japonês, sua aceitação não só foi excelente como também mostrou possibilidades de crescimento. Isso é o que motivou a construção da planta de Resende (RJ), a primeira exclusiva da Nissan no país (a outra fica em São José dos Pinhais (PR) e também atende a Renault). Em breve será a vez de o Versa passar à mesma situação.
Assim como o gêmeo europeu Micra, o agora chamado “New March” (mais semelhanças com o Fiesta, veja só) quer cativar melhor o público-alvo que tem. As maiores mudanças externas estão na dianteira, que recebeu linhas mais sintonizadas com os outros hatchbacks e crossovers da marca oferecidos no resto do mundo. Isso significa que elementos como o “V” cromado da grade dianteira têm inspiração na Pathfinder, por exemplo, ao passo que os volumes abaulados com superfícies recortadas lembram o Juke. Um exemplo particular deste último está nos farois: além do desenho, a alusão ao famoso crossover também se faz com sua posição elevada. É mais um caso de ação guiada pelo que o público parece desejar.
Todas essas intenções se repetem no interior. Os bancos tiveram o revestimento melhorado e os materiais agora têm qualidade melhor, mas o maior destaque é o painel: o console central foi redesenhado por completo, com a seção central em preto brilhante e o contorno simulando aço escovado. Além disso, suas versões mais caras têm uma touchscreen de 5,8” com a qual se opera o NissanConnect. Esta é a central de entretenimento da marca, que além das funções já típicas destes aparelhos permite acesso a redes sociais através da conexão com smartphone. Outras novidades incluem direção elétrica recalibrada, suspensão retrabalhada e novas rodas, com aro de até 16” e novos pneus.
Por R$ 32.990, a versão Conforto traz ar-condicionado, computador de bordo, direção elétrica e regulagem de altura para banco do motorista e volante. A versão S passa a R$ 34.490 e soma detalhes internos cromados e prateados e trio elétrico. A SV justifica os R$ 36.990 com detalhes externos na cor do carro, farois de neblina, rodas de liga leve aro 15”, sistema de áudio multimídia com quatro alto-falantes e comandos satélite, e spoiler traseiro com brake-light em LEDs. O motor 1.0 16v de 74 cv e 10 kgfm pode ser trocado nas duas últimas pelo 1.6 16v de 111 cv e 15,1 kgfm por mais R$ 3.000. Já a SL 1.6 soma acabamento interno exclusivo, alarme, ar-condicionado digital, farois com máscara negra, NissanConnect e rodas de liga leve aro 16”, por R$ 42.990.
Nissan March 1.0 12v (03/02/2015)
Bastou ganhar cidadania brasileira, e suas vendas duplicaram. Depois de oito meses depois do primeiro facelift, o hatchback da Nissan agora se torna o primeiro carro japonês vendido no Brasil a usar motor de três cilindros. Ele tem doze válvulas e comando da admissão duplo e variável, gera 77 cv de potência e 10 kgfm de torque, e substitui a unidade de quatro cilindros e origem Renault. Além disso, ele já atende à nova norma de emissões Proconve L6, e tem como vantagens menor peso e maior eficiência, já que apresenta um número menor de peças móveis. Com o novo motor, o March é vendido nas versões Conforto partindo de R$ 35.990, S por R$ 37.990 e SV por R$ 40.990. Todo o resto da sua oferta permanece inalterado.