Como as imagens antecipam, as mudanças foram mais sutis do que se poderia esperar, mas há uma razão para isso. O Duster brasileiro é baseado no modelo europeu, que é vendido sob a marca Dacia. Lá, ele representa uma opção mais simples e racional que modelos como Honda HR-V e Peugeot 2008, o que também conduz a preços menores. Assim, ele termina sem competir diretamente com aqueles, de modo que não precisa de investimentos tão grandes em estilo ou tecnologia. Passando ao Brasil, embora ele tenha sido colocado no mesmo nível daqueles, efetuar uma atualização maior exclusiva consumiria tempo e dinheiro excessivos. Assim, a empresa preferiu repetir a operação feita no exterior, e passar a focar no custo/benefício.
Por fora, as novidades começam pela dianteira. Os farois ganharam novo desenho interno e acabamento em preto, o parachoque incorporou um aplique em cinza simulando os antigos quebra-matos, e a grade ficou mais simples: vem em preto brilhante e usa barra única, para carregar o logotipo da Renault com mais destaque. A traseira apresenta outro aplique cinza no parachoque, este maior, e lanternas também redesenhadas por dentro; elas agora usam LEDs, para ganhar maior liberdade no arranjo das luzes. As laterais, como é de costume em facelifts assim, só ganharam novas rodas. Pode-se dizer que esta atualização partiu do que se fez no modelo vendido como Dacia, mas trazendo mudanças levemente mais profundas.
Passando ao interior, o modelo apresenta o mesmo nível de novidades. Estão lá novo volante, novo grafismo para o quadro de instrumentos, e console central com acabamento em preto brilhante. Neste caso, a Renault focou nos itens com os quais o usuário interage mais, pra realçar a sensação de novidade. Quanto aos equipamentos, o Duster passa a vir nas variações Expression e Dynamique. A primeira traz alarme, ar-condicionado, direção hidráulica, rodas de aço aro 16”, e sistema de áudio multimídia. A outra soma farois de neblina, parachoques na cor externa, rodas de alumínio, sensores de estacionamento, e a central de entretenimento MediaNAV. Esta, por sua vez, ganhou monitor de condução eficiente e serviço de informações sobre o trânsito.
Por último, os motores foram revisados para oferecer desempenho superior. O 1.6 16v continua gerando até 115 cv de potência e 15,9 kgfm de torque, mas o último teve a curva melhorada. Já o 2.0 16v passou a 148 cv e 20,9 kgfm (usando etanol; com gasolina passam a 143 cv e 20,2 kgfm) e com mais torque em baixa rotação. O primeiro só usa câmbio manual de cinco marchas, e o outro pode usar manual com seis marchas ou automático com quatro. O Duster Expression usa o 1.6 e custa R$ 62.900. O Dynamique custa R$ 67.990 com o motor 1.6 e R$ 72.990 com o motor 2.0. Assim como no modelo anterior, este último pode vir com o câmbio automático, custando R$ 75.990, ou com a tração integral, passando a R$ 78.490.