Quem teve carro durante os anos 1970 e 1980 não esquece: modificá-lo era fundamental. No Brasil, cada trocado dos jovens era dedicado a um item diferente, como pneus “tala larga”, suspensão rebaixada, volante esportivo ou o famoso “envenenamento” do motor. A moda começou com casos pontuais e variando com cada país, mas foi só ganhar a atenção das fábricas para crescer e se unificar. Hoje em dia, quando ela é feita pelo próprio dono se chama “tuning”, e quando é oferecida pela marca do carro termina em exemplos como o que você está prestes a conhecer.
Aqueles acessórios passaram a ser vendidos em conjunto, sob o nome popular de “pacote aerodinâmico”. Os itens precisaram se modernizar, para continuar satisfazendo os gostos do público, e já alcançaram um nível de qualidade que naqueles tempos seria inimaginável. As empresas alemãs formam um caso à parte nisso porque os seus pacotes surgiram como uma opção de baixo custo. Muita gente admira versões como RS, M e AMG, mas não faz questão do desempenho que elas têm – e menos ainda do preço. A solução, então, foi aumentar a oferta passando a vender somente os itens visuais por separado, disponíveis para qualquer versão. Foi assim que nasceram S-Line, M Sport, AMG Sport… e R-Line, com o qual a Volkswagen tenta entrar no jogo.
Todos os modelos agraciados com a novidade são importados, seja da Alemanha ou do México, e um é o Passat, sempre acompanhado da Variant. Enquanto sua nova geração está por estrear na Europa, a atual agora desfruta dos spoilers R-Line, que melhoram a aerodinâmica do carro, ao otimizar o fluxo de ar, investem na elegância, através do vistoso filete cromado que rodeia o carro, mas mantém a discrição, graças à sutileza do desenho. Na traseira, ainda há um segundo defletor, que fica sobre a tampa do porta-malas no sedã e sobre o vidro traseiro na perua. Este vem na cor externa e é maior que o convencional. Outras adições são o difusor de ar no parachoque traseiro, pintado de preto, e as rodas de liga leve exclusivas.
Outro é o que nasceu como irmão dos anteriores. O CC continua seu caminho independente ao ganhar parachoque dianteiro com entradas de ar maiores, defletores laterais mais imponentes, detalhes cromados nos farois de neblina, rodas de liga leve Mallory aro 18”, volante revestido em couro com botões para controlar a central multimídia e as famosas “borboletas” para as trocas de marcha, e a aparição do logotipo R-Line em uma profusão de partes: você vai encontrá-lo na grade dianteira, nas soleiras das portas e no volante, que por sua vez também tem desenho com a base chata. O cupê de quatro portas da Volkswagen pode associar o pacote de acessórios às duas versões que tem no Brasil. A de topo usa motor V6 e conta com tração integral.
Passando aos membros mais altos, o Tiguan reforça seu papel de crossover mais do que nunca. Quem nem sequer pensa em enfrentar trilhas fora-de-estrada agora pode equipar o modelo com defletores de ar na cor do veículo, as rodas Mallory já mencionadas, defletor traseiro de teto maior que o das versões convencionais e o difusor de ar do parachoque traseiro, este em preto texturizado. Já o interior incorpora bancos revestidos de couro Vienna, volante multifuncional com as mesmas borboletas, detalhes em alumínio, forração de teto em Titan Black e pedaleiras feitas em aço inoxidável. O logotipo R-Line mais uma vez é onipresente, incluindo aparições nos encostos de cabeça, nas soleiras das portas e na grade dianteira.
Outro que já teve atualizações anunciadas no exterior é o Touareg, que no Brasil associa o pacote R-Line somente ao motor V8. Ele ganhou parachoques novos, com o dianteiro ganhando destaque pelo vistoso arranjo de entradas de ar em três fileiras. Também estão lá defletores de ar em toda a seção inferior e um maior sobre a tampa traseira, difusor de ar traseiro em preto fosco, rodas Mallory na versão de 20” e ponteiras de escapamento ovais. O interior volta a trazer bancos em couro Vienna, volante multifuncional, pedaleiras inoxidáveis e uma profusão de logotipos, mas também vem com bancos climatizados com ajustes elétricos, detalhes internos em alumínio, farois bi-xenônio e iluminação direcional para curvas, entre outros.
Last, but not least, o Fusca moderno entrou na lista para tentar evocar a lembrança do “besouro” original. Ele traz parachoques de desenho mais agressivo, defletores laterais, frisos cromados, retrovisores e soleiras das portas na cor da carroceria, rodas de liga leve Twister aro 18”, e um aerofólio traseiro maior que o normal, com pintura em preto brilhante na parte superior e na cor externa por baixo. Sua cabine inclui revestimento completo em couro (Vienna preto para os bancos), volante esportivo e indicador de pressão dos pneus, além de mais uma série de logotipos R-Line espalhados por dentro e por fora. Nenhum dos modelos teve alterações em qualquer outro aspecto. A tabela de preços dos pacotes, por sua vez, ainda não foi divulgada.