Se sua campanha no site da marca já dava todo um suspense para saber como seria aquele novo sedã com tantas pretensões, o Versa agora chega ao país partindo de R$ 35.490. Este sedã é parte importante dos planos da marca em aumentar sua participação no país, e se vale de um projeto moderno para oferecer amplo espaço e fartura de itens no estilo Nissan de ser. Só que ele esbarra em um detalhe… e isso não está no amplo espaço ou na fartura de itens.
Se a marca investe fortunas nas exposições de mau gosto que usam pôneis ou batatas, deveria redirecioná-las a colocar algum Giorgetto Giugiaro ou Peter Schreyer para as tarefas de design. O Versa é um sedã compacto, mas se esforça tanto em parecer grande e imponente que acabou ficando “inchado”. Na frente, os farois parecem perdidos tão longe da grade. Suas laterais começam um vinco típico dos anos 90, mas é tão espesso que parece separar a carroceria em duas. E comprimir as lanternas abaixo dele dá uma feia impressão de que a traseira ficou caída, “murcha”. Também não dá para entender as janelas traseiras: ele não só não tenta esconder a grande área vazia atrás delas ao abolir a terceira vigia, como na verdade a aumenta, recortando tais janelas para o lado oposto.
Ou seja, é um carro para se comprar de olhos fechados – não no bom sentido da expressão. Sorte que a cabine compensa o trauma do exterior. Claro que não seria por seu desenho, mas sim por seu projeto: a plataforma V compartilhada com o March traz ao Versa entre-eixos de 2,60 m, no nível do Logan da marca-parceira. Cabeças não raspam no teto e pernas podem ser cruzadas nos bancos de trás, e isso se alia a um acabamento bem-cuidado. É um modelo que leva cinco pessoas sem aperto, e com porta-malas de 476 litros, além de garantia de três anos com quilometragem ilimitada.
A lista de equipamentos traz o forte do modelo: o custo/benefício. A versão S já traz airbag duplo, travas e até direção elétricas e computador de bordo, de série. Por R$ 39.990 temos a SV, que adiciona ar-condicionado, vidros e retrovisores elétricos, sistema de som multimídia, banco traseiro bipartido e maçanetas cromadas. Já a topo-de-linha SL agrega freios ABS com EBD e BAS, rodas de liga leve aro 15” e farois de neblina, por R$ 42.990. O motor é o 1.6 16v já usado em outros modelos da marca, com 111 cv e torque de 15,1 kgfm, que lhe dão aceleração de 0 a 100 km/h em 10,7 segundos e máxima de 189 km/h.