Fiat Viaggio

Clique aqui para ver em alta resoluçãoCom lançamento na China marcado para breve, o novo sedã médio da Fiat acaba de ter novas fotos reveladas, dessa vez do interior. Primeira aposta da Fiat chinesa neste segmento, por mais que até agora as informações oficiais entoem o coro de que ele não sairá dali, a conjuntura atual do nosso mercado permite especular sem medo que existem chances grandes de este carro aparecer no Brasil, e sem muito atraso. Ele já vem recebendo elogios por vários motivos mesmo antes da chegada oficial, e aqui você vai saber por que.

Este é mais um projeto de genética híbrida entre os italianos e sua mais nova aquisição, o Grupo Chrysler. Entretanto, como na maioria das associações do tipo, quando os laços começam a gerar resultados cada vez melhores e para os dois lados, mostra-se viável avançar à fase dos “filhos” não de um lado ou de outro, mas dos dois. O Viaggio nunca tentou negar que é um Dodge Dart com visual bem mais europeu, mas ele não é uma simples repetição do caso dos crossovers Journey e Freemont porque o próprio Dart tem origens italianas: sua plataforma é a do Giulietta, um belo hatchback feito pela Alfa Romeo. Esse sedã viria muito a calhar para a Fiat brasileira porque seria a sua nova chance real de emplacar um sedã médio em nosso mercado – se o Tempra teve números expressivos e o Marea arrebatou corações mais do que vendeu de fato, o Linea nunca conseguiu repetir o sucesso dos antecessores. Afinal, por mais qualidades que tenha, ele é um derivado de hatch premium (o Punto) que foi apresentado como sedã médio. Ele teve grande aceitação em países como o que o fez, a Turquia, mas é de se esperar que o Viaggio carregue a bandeira da marca nos demais.

Fiat Viaggio 1Fato é que esse desenho híbrido lhe caiu bem de uma forma que raramente se vê. Ele partiu da carroceria do Dart e só precisou dar toques mais sóbrios, deixando a esportividade para o irmão. Dá gosto de ver como as grades maiores e mais discretas da dianteira e as lanternas individuais e unidas por um filete cromado combinaram muito bem com o restante da carroceria, que ficou inalterado. O carro ficou com o jeito típico da Europa, exaltando linhas mais suaves e orgânicas que afastam qualquer teoria de que ele é só um Dart com poucas peças trocadas; é de se imaginar que o projeto previu esta variação desde o início. Ou seja, ele não só é um legítimo sedã médio como traz muita imponência, com a ideia de desempenho realçada pelo capô largo e ondulado e farois afastados da grade. A traseira é bem mais discreta, mas condiz muito bem com a proposta do carro, de uma alternativa mais conservadora e elegante que o jeito chamativo dos irmãos. Ao chegar no Brasil o nome deve mudar, mas fica o apelo à Fiat para outra questão: todo esse desenho merece motores bons. O 1.8 16v podia equipar uma versão Absolute e o 1.4 T-Jet uma Sporting, enquanto a versão de topo podia melhorar a imagem usando o 2.4 16v do Freemont, com câmbio de cinco ou seis marchas.

Fiat Viaggio 2Voltando ao modelo chinês, as fotos indicam que a cabine passa com gosto a impressão do lado de fora. Ela se vale da predominância de cores claras para amplar a sensação de espaço, enquanto o contrase dos detalhes em preto se encarrega de dar um toque mais jovial. O painel repete a estrutura vista no Dart, mas saem de cena os instrumentos e o contorno luminoso do console central, ambos em vermelho-vivo. O lado bom é que a lista de itens continua extensa, com seis airbags, ar-condicionado, controles de estabilidade e tração, freios com ABS e EBD, hill holder, lanternas de LEDs e sistema de som multimídia desde as versões mais baratas. Já as de topo somam ar-condicionado automático, bancos de couro Nappa tendo o do motorista regulagens elétricas, câmera de ré, conexão Bluetooth, rodas de liga leve aro 16”, teto solar e a famosa central multimídia UConnect, conhecida pela vistosa touchscreen de 8,4” que fica no console central. Aquele mercado o receberá com o motor 1.4 turbo em 120 cv ou 150 cv, tendo a primeira câmbio manual de cinco marchas e o segundo um de seis, com automático de seis opcional. E você, acha que seria uma boa aposta para a nossa Fiat?