Muito já se sabe sobre o sucesso do Grupo BMW na decisão de dar novo gás à marca Mini, no começo da década passada. A aposta de voltar com o estilo clássico do Cooper em uma versão muito mais moderna e luxuosa não só não se intimidou com a falta de rivais similares como a converteu em seu favor, obtendo êxito a ponto de ter fundado toda uma categoria formada para ele. Eles responderam a essas mudanças começando a diversificar seu produto, cuja mais nova variante acaba de desembarcar no país.
As várias opções de cor para carroceria, teto e detalhes da cabine já indicavam que a prioridade ali era o estilo. Mas houve quem pensasse em aliar tudo isso a mais desempenho, e então surgiu a versão S, com motor turbinado. Outra vez o mercado respondeu muito bem, e a marca resolveu seguir com a estratégia. Vieram séries especiais, versões novas… Até que chegou a nova geração. Mas dessa vez o carrinho já renasceu ciente do sucesso que fez, em vez do foco de “ver no que vai dar” de antes. Isso se traduziu em que o seu novo projeto alcançou um novo patamar quanto à expansão: surgiram novos modelos. Perua, crossover, cupê e roadster surgidos um a um, a Mini deixou de ser uma marca reconhecida apenas pelo “Mini Cooper” para oferecer toda uma linha de modelos. Claro que essa empreitada é capitaneada pelo apelo do design do próprio, mas a questão é que seus adeptos agora podem desfrutá-lo em opções que atendam melhor às necessidades de cada um. Cada um respeitando a gama de versões que já virou uma tradição entre esses carros: urbana, S e a famosa John Cooper Works.
Quem acaba de chegar ao país é o último modelo entre os citados no parágrafo anterior, mas na última das versões também ali enlistadas. Um Mini JCW representa, além da adição do kit aerodinâmico externo, que o motor foi refeito pela empresa de mesmo nome para ter desempenho ainda melhor. A questão era que por melhor que ele ficasse, usá-lo no Cooper sempre o impediria de alcançar as melhores marcas possíveis porque seu desenho tão intocável não é o mais favorável à aerodinâmica. E é aqui que o Coupé encontra sua raison d’être. Usar carroceria bem diferente lhe permite inverter a proporção forma-função usada pela versão convencional, fazendo-o maximizar qualquer potencial de esportividade que lhe seja aplicado. Neste caso, por “potencial” leia-se o 1.6 16v turbo preparado para potência e torque de 214 cv e 26,5 kgfm, este distribuído entre 1.800 e 5.600 rpm. Tudo isso e o câmbio manual de seis marchas lhe levam de 0 a 100 km/h em 6s1 e à máxima de 240 km/h. O preço de R$ 149.950 termina de se justificar com itens como ar-condicionado digital, controles de estabilidade e tração, direção elétrica adaptável e suspensão esportiva. Fora o detalhe de que apenas nove unidades virão ao país.