Depois de anunciar a edição especial do March em alusão aos próximos Jogos Olímpicos e até mesmo um carro-conceito exclusivo para o Brasil, a Nissan reservará mais uma novidade para este Salão do Automóvel. Trata-se de outra série especial, mas que comemora a primeira década da comercialização da picape média no país. Ainda não será dessa vez que a Frontier vai começar a esperar uma nova geração ou mesmo um face-lift, mas o fato é que esta versão melhora os aspectos em que ela já ganhava destaque.
Depois de vender a primeira geração como importada e ainda sob o nome de Pick-up nos anos 1990, a Nissan passou a oferecer a Frontier como um modelo separado do SUV Pathfinder no final da década. Ganhou uma nova geração já com os traços mais modernos dos anos 2000, e chegou ao Brasil com produção nacional. Isso permitiu que sua marca trilhasse por aqui caminho parecido ao das conterrâneas Honda, Mitsubishi e Toyota, que começaram vendendo um modelo de grande representatividade mundial, e logo fizeram fama pela excelente reputação de resistência mecânica que cultivam há décadas – o caso das últimas duas é mais parecido ao da Nissan porque elas também estrearam com utilitários. A Frontier honrou os predicados de sua marca e viu sua iniciativa prosperar, ganhando várias versões com motores modernos e opções desde a voltada ao trabalho até a destinada ao luxo. A segunda geração chegou no final da década, mas seu impacto foi bem menor que o da anterior. Dessa vez não se tinha um o lançamento de um modelo novo, mas sim a evolução de um conceito que caiu no gosto do público. A Frontier chegava em vários mercados com nomes diferentes mas a mesma construção robusta, de linhas modernas e imponentes mas que guardam semelhança com as antecessoras.
Entretanto, a Nissan estende às picapes a prática japonesa de evitar os face-lifts nos carros urbanos. Ou seja, desde 2005 (2008 para o Brasil) as mudanças dessa geração sempre foram pontuais. Isso só mudou um pouco agora, porque a picape trocou o parachoque dianteiro e com isso mudou os farois de neblina e a grade, que ficou mais destacada e ganhou a mesma cor Titanium do suporte da placa. A série vem nas versões comuns da picape em vez de se tornar uma a mais: a SV Attack 10 anos 4x2 parte de R$ 95.990 (R$ 104.190 com 4x4, mas também há a SL automática 4x4 por R$ 124.990, o que só reforça a sua fama de bom custo/benefício. A diferenciação exterior termina com as novas rodas de 18”, o logotipo da série nas laterais e as lanternas escurecidas na SV. Já a cabine ganhou mais detalhes cromados e teve leves retoques no quadro de instrumentos. Fora isso, os itens de série incluem airbag duplo, ar-condicionado bizona, bancos de couro, chave presencial I-Key, computador de bordo e freios ABS com EBD desde a SV, enquanto a SL agrega tela LCD tanto para o sistema de som multimídia como para a câmera de ré e controle de estabilidade. Sob o capô se tem o mesmo 2.5 16v turbodiesel de antes, em duas configurações.