Chega ao país mais um modelo de alto desempenho da marca francesa. A Peugeot aproveitou o último Salão do Automóvel para divulgar alguns de seus planos futuros para o país, e se o compacto 208 vai ficar para o próximo mês de abril, seu irmão maior acaba de ganhar a tão esperada versão THP. Ela traz o mesmo conjunto mecânico usado por uma série de lançamentos do Grupo PSA, mas isso está longe de ser ruim. É interessante notar que cada um lhe aplica a uma proposta diferente, e a deste 308 você verá aqui.
Com o significado de Turbo High Pressure, essa sigla se tornou famosa entre os Citroën e os Peugeot porque alude ao eficiente motor 1.6 projetado em conjunto com a BMW, que hoje em dia também se usa na linha Mini Cooper mas contando com preparações diferentes para cada marca. Seu mérito vem de garantir força satisfatória em desde o ciclo urbano até as rotações mais altas usadas na estrada, e sem acarretar consumo elevado. Os franceses desenvolveram vários níveis de potência para esse motor para adequá-lo aos vários modelos que o oferecem, mas o que vale notar é a vocação que ele traz em cada um. Modelos como o crossover 3008 e o sedã de luxo 508 se valem do contraste de um motor até pouco tempo atrás considerado pequeno demais para o seu porte: a atração está em toda a tecnologia usada, que permite extrair desempenho equivalente ao de motores maiores mas consumindo bem menos. Já o outro extremo da gama tem peso e tamanho menores a ponto de o desempenho do THP virar o destaque. Se até o belíssimo cupê da marca, o RCZ, extrai desempenho muito empolgante da versão de 200 cv, no 208 o mesmo motor valeu nada menos que a reedição da versão GTI, que fez fama com o 205 nos anos 1980. Por fim, o meio-termo da gama permite fazer os dois alardes cada um em menor intensidade, mas em conjunto. No Brasil, o 408 Griffe THP surgiu para a felicidade de quem não abre mão de um sedã requintado mas gostaria de desempenho maior.
Agora, o hatchback da gama de médios recebe o mesmo motor mas faz uma adaptação de muito bom gosto do que se vê no sedã: o 408 prioriza o estilo sóbrio e discreto, de forma que externamente só ganhou rodas diferentes. Quando se passa ao 308, trabalha-se sobre a carroceria mais envolvida com a esportividade logo depois de cupês e conversíveis. A maior diferença entre esses dois estilos está em que os compradores de um hatchback deixam de lado o maior porta-malas (e em alguns casos até mesmo espaço interno um pouco maior) para ganhar um ar muito mais jovem, casual. É o que seduz a maioria dos compradores mais jovens, ou mesmo a parcela dos mais velhos que abre mão do estilo mais formal que implica um sedã. Sendo assim, enquanto o motor turbinado se aplicou à versão luxuosa do sedã, no 308 ela coube à Feline, vista como esportiva. Por outro lado, também vale notar que a Peugeot não se deixou descaracterizar o 308 Feline THP aplicando excesso de acessórios: o carro aposta na esportividade com discrição que conferem os detalhes em grafite, caso das rodas de 17” e capas dos retrovisores. Já a cabine decora o pacote de itens completo do Feline 2.0 com o volante exclusivo, revestido em couro e com base achatada. Belo conjunto para unir ao navegador GPS com tela retrátil, que no THP vem de série. A propósito, este motor rende potência de 165 cv e torque de 24,5 kgfm, sempre usando câmbio manual de seis marchas. As opções de cores serão branco, cinza e vermelho, sempre custando R$ 73.990.