Renault Sandero Tech Run

Clique para ver em alta resoluçãoFalar da Renault nos últimos anos sempre passa pelo sucesso obtido por sua linha de compactos. Mas também vale notar que Logan e Sandero conseguiram boas vendas cada um por razões próprias, o que é mais um reflexo das diferenças com as quais foram lançados. Porém, já se sabe que boa parte dessas diferenças vai sumir com a nova geração, cuja chegada começa em breve. Talvez seja por isso que o Sandero começa a se despedir da atual ressaltando mais uma vez o que já lhe conferiu o posto de sexto carro mais vendido do país.

Desde aquela época já se divulgava amplamente que o projeto destes carros foi concebido originalmente para a divisão de baixo custo Dacia. Foi por isso, aliás, que a boa aceitação do Logan no Brasil causou surpresa. Afinal, nosso mercado sempre foi caracterizado por rejeitar modelos de concepção racional demais mesmo nos níveis de entrada – essa é uma das razões pelas quais não é qualquer modelo vendido na Ásia que emplaca por aqui, por exemplo. Mas o sedã de origens romenas cruzou o Atlântico mesmo assim, e tentou a sorte na América Latina. Terminou agradando muito mais no uso como táxi do que como carro particular, é verdade, mas nem por isso seu mérito se reduz.

Já com o Sandero o caminho traçado foi bem diferente. Compartilhar a plataforma tornava impossível negar o parentesco com o sedã, mas a intenção da empresa foi de envolvê-lo em uma carroceria muito mais racional. As dimensões amplas e o aspecto simples continuam lá, mas o design ganhou atenção especial para não parecer tão pragmático quanto o do irmão. Além disso, ele compensou a falta de pretensões esportivas da gama de motores com uma série de variações especiais ao longo da carreira, cada uma trazendo um conjunto de exclusividades de estilo mas todas convergindo a aliá-las a melhorias de custo/benefício. Em outras palavras, a Renault finalmente conseguiu agradar em cheio a uma boa parte dos motoristas brasileiros.

Como sua próxima fase está esperada para o ano que vem, pode-se dizer que esta é a sua última série limitada na atual. A Tech Run foi lançada na Argentina poucos dias antes, e agora chega ao Brasil por R$ 37.400. Seu pacote exterior inclui adesivos alusivos, farois com máscara negra, ponteira de escape cromada e maçanetas das portas, capas dos retrovisores e rodas de liga leve aro 15” na cor cinza inox – muitos vão lembrar que estas últimas são o mesmo jogo usado pelo veículo no lançamento, ainda que em outra cor. Disponível nas cores branco Glacier, prata Étoile, preto Nacré e vermelho Vivo, ele sempre usa o motor 1.0 16v de até 77 cv e o câmbio manual de cinco marchas.

Porém, uma boa notícia é que o interior chama atenção na mesma medida, ou até mais. Detalhes dos bancos da frente e os cintos inteiros vêm em azul, e o painel vem em preto brilhante. Este ainda traz o destaque da central de entretenimento MediaNAV, que inclui navegador e comandos no volante. Os itens de série da Tech Run ainda incluem airbag duplo, ar-condicionado, computador de bordo, direção hidráulica, farois de neblina, freios ABS, quatro alto-falantes, travas elétricas nas quatro portas e vidros elétricos dianteiros.