Muitas pessoas compram valorizando a diferenciação. Desde modelos de celular e tablet até a simples escolha de um filme ou restaurante, elas tendem a fugir das opções que a maioria costuma seguir. E isso não tem por que mudar quando se fala em carros. Alguns se enveredam por modelos mais exóticos, seja novos ou usados, outros procuram formar combinações diferentes de detalhes visuais, e outros recorrem a trabalhos posteriores à compra. Para quem não é adepto do tuning por conta própria, a saída são novidades como a deste artigo.
Pouco depois de chegar à nova geração, agora o Mercedes-Benz Classe C também já pode receber os pacotes de personalização da Brabus no Brasil, tudo em forma oficial. Considerando que esta última foi lançada no mercado europeu há menos de um mês, atraso tão pequeno para o nosso chega a surpreender. Mas a verdade é que ele tem toda uma justificativa. Afinal, como certamente havia muita gente esperando para comprar o sedã alemão já em sua fase mais nova, lançar seus pacotes de melhorias logo em seguida permite à Brabus aproveitar os holofotes também para si. Como o preço já não é um problema para quem compra carros desta categoria, torna-se até fácil convencer clientes como os do parágrafo anterior a investir um pouco mais.
Como as imagens antecipam, a Brabus customiza os carros da Mercedes-Benz de uma maneira bem particular. A impressão geral continua sendo muito mais discreta que a de um legítimo “carro tunado”, mas mantém a mesma distância do padrão de um carro convencional. O parachoque dianteiro, por exemplo, ganhou divisões tripartidas nas entradas de ar. As laterais usam vistosas rodas Monoblock, com 18” no modelo R ou 19” no modelo F, e um friso cromado que se estende até a traseira. Nesta, o parachoque exibe duas saídas de escape duplas, uma espessa faixa cromada acima da placa, spoiler sobre a tampa do porta-malas e um grande difusor de ar cinza. Mas nada é mais chamativo que o logotipo dianteiro Brabus, oferecido como opcional.
Parte desses acessórios integra as melhorias aerodinâmicas, que contribuem para o desempenho do modelo pelo fato de promover uma passagem de ar mais suave. Por outro lado, o interior continua a boa impressão com itens reinventados como borboletas do volante, pedais em alumínio, pinos e soleiras das portas, tapetes e até as ponteiras de escape, todos com o logotipo ou o letreiro Brabus – no caso das soleiras, a inscrição vem destacada em vermelho. Além disso, os originais da tampa do porta-malas foram trocados por “Brabus” e “D3”. Tudo isso, é claro, varia com o pacote de equipamentos que o interessado escolher. Quem não quiser levar essa personalização tão intenso (e caro) pode pedir mudanças mais sutis.
Nada disso, porém, seria suficiente se não fosse acompanhado por alterações no motor. A Brabus não se dedica a elaborar pacotes que melhorem demais o desempenho porque seria necessário investir demais tanto em criar o tal conjunto de mudanças como em adaptar o restante do carro (como câmbio e freios) para suportar tudo isso. Mas ainda assim esta novidade passa longe de desapontar: o motor 2.0 turbo passou a 225 cv de potência e 33,6 kgfm de torque, superando até o C200 do qual deriva, cuja variação Sport faz o topo da linha convencional até agora. Este conjunto ajuda a justificar o preço final de R$ 189.000 com aceleração de 0 a 100 km/h em sete segundos e a máxima de 242 km/h.