E os alemães da Volkswagen aplicaram o uniforme atual da marca a mais um modelo. Lentamente os traços do atual Golf europeu (de sexta geração, enquanto o nosso ainda é o quarto maquiado grotescamente) foram contagiando um a um de quase todo o resto da gama, e agora o Tiguan aproveita essa oportunidade para dar uma energia extra à geração atual, que já chega à meia-vida na Europa e aqui passa a custar R$ 110 mil, já refletindo o aumento de IPI mas compensando ao trazer sempre um pacote de itens bem recheado.
E por que chamar de “uniforme”? Porque essa linguagem de estilo vem sendo seguida extremamente à risca, todos os modelos têm o mesmo desenho de farol coma mesma grade preta ligando aos dois e um parachoque com tomadas de ar no mesmo formato, além do capô mais elevado no centro. Cada modelo visto por si só fica realmente muito bonito, mas ao ver tantos com uma frente que só se diferencia nas proporções de tamanho de cada carro acaba banalizando a estrutura rápido demais, fica cansativo de ver. E isso até impede que os modelos tenham todo o apelo de novidade que deveriam ter.
Por outro lado, padronizar melhorias técnicas é sempre bemvindo. Isso fez o Tiguan manter o excelente conjunto, que oferece mimos como o 2.0 TSI de 200 cv com câmbio automático de seis marchas, e a tração integral 4Motion, que distribui o torque em cada eixo segundo a necessidade… Mas também lhe trouxe novidades. É o caso dos faróis com luz diurna em LEDs, touchscreen no console central, e do Park Assist II. Este interessante sistema detecta se a vaga encontrada é adequada, e em caso afirmativo (como por exemplo ter a partir de 80 cm a mais que o carro) o próprio carro se encarrega dos movimentos de volante, cabendo ao motorista apenas acelerar e frear.