Após tantas fotos de protótipos em testes pelas estradas do país, a Chevrolet lança seus novos premium. Fazem parte do extenso plano de renovação da linha brasileira, mas o Sonic em especial tem o design como um enorme atrativo, uma das razões de sua enorme aceitação em todos os mercados onde é vendido. Só que este texto também serve para um outro modelo, então já se sabe que aqui ele repetirá a disputa com o arquirrival Ford Fiesta, hatch e sedã.
Sua dianteira não é difícil de se definir como um dos melhores trabalhos de design da atualidade em seu segmento. A grade bipartida já é tradição da Chevrolet, ostentando a gravatinha dourada em posição de destaque, mas é impressionante como um simples retrabalho de proporções lhe permite ter todo esse tamanho e conseguir resultado visual infinitamente superior ao do infortúnio estilístico que se delegou ao irmão menor Agile. Mas o Sonic já começa a mostrar identidade própria nos vistosos farois, que usam a criativa solução de não usar uma lente à frente de todos os refletores e sim deixá-los saltados, o que ajuda muito na sensação de imponência que ele passa.
Como era de se esperar, as laterais trazem rodas de 15” com opção de 16”. Mas esta seção busca esportividade na clássica solução de embutir a maçaneta das portas traseiras na coluna, logo atrás das janelas. A traseira truncada tem lugar de destaque para a placa, que fica ladeada pelas lanternas igualmente grandes e de refletores saltados. As primeiras unidades virão importadas da Coreia do Sul, mas em breve nossas unidades serão produzidas no México. O modelo passou por várias adaptações ao solo brasileiro, que resultaram em dirigibilidade mais confortável e suspensão elevada mas sem prejudicar a ótima estabilidade, o que condiz muito com o seu estilo esportivo.
Por dentro ele volta a honrar o sobrenome Chevrolet ao incorporar o estilo de duplo cockpit, numa cabine que já foi amplamente elogiada pelo estilo, mundo afora. O painel vem em duas cores que, assim como no Cruze, ganham extensão pelos paineis de porta. Isso não só melhora a impressão de qualidade como amplia a sensação de espaço, reforçada também pelo console central recuado. O quadro de instrumentos inspirado nas motocicletas já é conhecido dos brasileiros porque se usa no Cobalt, mas no carro que o inaugurou ele parece combinar melhor com a proposta mais jovial. Ainda falando dela, o Sonic tem as mesmas cinco opções de cor do sedã mais a exclusiva Azul Borclay das fotos, que lembra o ouriço dos videogames que leva o mesmo nome do carro.
A lista de equipamentos é ampla desde a versão básica, mas como é a mesma para os dois está mais detalhada no texto do sedã. Eles serão vendidos nas versões de praxe da marca, LT e LTZ, e agradam pelos preços mais baratos do que se especulava até então: o hatchback em LT parte de R$ 46.200 e em LTZ de R$ 48.700. O motor é único, mas é novidade no Brasil: é o moderno 1.6 16v Ecotec, com duplo comando de válvulas e que já vem flexível, rendendo potência e torque de 116/120 cv e 15,8/16,3 kgfm, 90% deste disponível a partir de 2.200 rpm. O câmbio é manual de cinco marchas, mas a LTZ oferece opção do automático de seis, ficando em R$ 53.600.