A fase mais curiosa da família Palio foi a quarta, de 2008. O Siena tentou se firmar acima do Palio com a frente de desenho mais refinado, mas as regras de mercado levaram a uma situação curiosa: o Palio só foi vender bem quando adotou a frente do sedã, e a versão mais vendida do sedã foi a EL, surgida anos depois – e que usava a frente antiga do Palio para cortar custos. Esta versão é a única da geração antiga a sobreviver ao Grand Siena, e agora recebe um face-lift para se firmar como opção de entrada.
Não é difícil entender por que dessa vez as mudanças foram bem mais sutis. Além de ser o quarto retoque feito em um projeto de 1996, dessa vez ele já é destinado apenas à versão de entrada. Isso é o que explica as mudanças bem mais sutis, estando a principal delas na dianteira. O que mudou de fato foi apenas o parachoque, mas seu desenho novo ajudou a revitalizar o sedã. Porque ele trocou a grade bipartida pelo desenho inspirado no irmão maior, com os dois andares mais separados visualmente. Também veio a barra cromada sustentando o logotipo logo abaixo do capô, mas os farois são os mesmos. A diferença é que para o Siena só vêm as unidades monoparábola, enquanto a Palio Weekend fica com os de dois refletores. Mas ele ganha pontos na elegância porque o parachoque é o mesmo para os dois, então fica mais difícil de distinguir à primeira vista. Suas opções de motor são quem define as versões: ambos Fire e flex, o 1.0 gera 75 cv e 9,9 kgfm e começa em R$ 28.150, enquanto o 1.4 fica em 88 cv e 12,5 kgfm e começa em R$ 30.970.
Por outro lado, a cabine reserva uma surpresa interessante: a linha trocou de painel outra vez. É uma pena que essa novidade tenha vindo tão tarde, mas fato é que ela revitaliza o interior em geral, por ser a parte mais vista pelos ocupantes. A estrutura básica é a mesma, mas a aparência declara inspiração no irmão mais moderno pelo aparelho de som de desenho quase igual ao usado em novo Palio e Grand Siena. Por outro lado, é curioso notar que o painel de instrumentos buscou inspiração no andar de baixo: é o mesmo das versões mais caras do Uno mas com novo grafismo, em que a tela digital forma um círculo laranja que ladeia o velocímetro. Já o volante ficou mais elegante, com almofada ainda de três raios mas maior, que deve ter boa empunhadura. Também temos bancos com novos tecidos, novos porta-objetos e apoio para o pé ao lado da embreagem. A lista de equipamentos segue o mesmo esquema de antes: de série não é muito grande, mas com os opcionais é possível deixar o carro bem equipado.