Se você buscar as notícias recentes das publicações especializadas vai encontrar vários alardes sobre o esgotamento do estoque deste modelo, mas nada confirmado oficialmente. Mas agora vemos que o tal C63 especial acaba de chegar ao Brasil, então é possível pensar que ainda existem algumas das 800 unidades que limitam a série esperando um afortunado dono… mas que agora também pode ser brasileiro. E o que faz este Classe C cupê motivar tanto furor e merecer os US$ 337.800 que custa? É o que este artigo dirá.
Para resumir em uma frase, basta usar o maior atrativo exposto pela marca: é o Classe C mais potente de todos os tempos. A Black Series é uma série especial feita a partir dos já diferenciados modelos AMG, que por sua vez são as famosas versões esportivas exclusivas dos Mercedes-Benz. Tal estirpe surgiu em 2006 com o SLK, e hoje em dia chega ao quarto modelo com o Classe C cupê. Seu desenho já começa ganhando pontos por trazer a dose certa de diferenciação em relação ao sedã e à perua Touring: de qualquer ângulo que se olhe ele lembra os modelos familiares e os outros carros da marca em geral. Mas qualquer olhar também percebe que ele tem algo de muito diferente: as duas portas denunciam um perfil de esportividade que combina muito bem com os acessórios extras do exterior. Aliás, esse é um mérito antigo da AMG: evoluir o estilo dos carros sem exagerar: as tomadas de ar são bem maiores, as rodas são de 19”, temos um vistoso aerofólio traseiro e difusores de ar, mas é interessante como tudo isso lhe cai muito bem, sem destoar do visual original.
A cabine continua muito próxima do extremo do luxo, recheada de equipamentos mas apostando nas cores preto e prata feitas por materiais como couro e alumínio para dar o ar de esportividade. Mas depois que se consegue tirar os olhos das formas do carro é que vem seu principal destaque. O motor é um V8 6.3 melhorado para surpreender com seus 517 cv de potência e 63,2 kgfm de torque, força suficiente para levá-lo de 0 a 100 km/h em 4s2. Outra novidade ótima é que a velocidade máxima conseguiu se livrar em parte do clássico acordo das marcas alemãs com seu governo, e passar o limite eletrônico para 300 km/h. Tudo isso é comandado pelo câmbio Speedshift MCT, com sete marchas e borboletas de alumínio. Um detalhe interessante é que ele traz o AMG Performance Media, estreado no SLS Roadster: é um sistema que projeta no parabrisa do carro informações como tempo de volta e aceleração lateral, e ainda permite que o dono salve esses dados em um pen drive, para analisar no próprio computador o desempenho que seu carro teve na pista em que rodou, seja lá qual for. São detalhes como este que motivaram a marca a aumentar a tiragem inicial de 650 unidades para 800.