É interessante reparar nas diferenças do ciclo de vida dos comerciais leves em relação aos carros urbanos. Os primeiros são tidos como instrumentos de trabalho, então focam exclusivamente no custo/benefício. E é isso que justifica que essa categoria ainda ofereça no Brasil veteranos como Fiorino, Courier e Partner, sem falar na Kombi. Com isso, uma renovação total como a da Sprinter é tão rara que não podia deixar de ter sua menção aqui.
Isso também explica que ela tenha chegado aqui seis anos depois do lançamento na Europa: para essa clientela não importa desenho atual ou a última tecnologia, mas sim uma frota que cumpra suas funções com o menor custo possível, em todos os sentidos. Produzida na Argentina, a Sprinter renovou toda a linha de uma vez, e vem nas opções furgão, van de passageiros e chassi/cabine. Traz desenho mais bonito mas investiu principalmente na eficiência: o motor, por exemplo, agora é um moderno 2.2 turbodiesel com tecnologia BlueEfficiency, já usada nos automóveis da marca para reduzir o consumo e as emissões. O câmbio é manual de seis marchas, com relações otimizadas para essa mesma finalidade.
Mas ela surpreende mesmo é pela versatilidade. Começando pelas três opções de carroceria, ela vem nas versões 311, 415 e 515, e entre-eixos medindo 3,25, 3,67 ou 4,25 metros. A altura interna é de 1,65 metro, mas com a opção de teto alto para ganhar 30 cm. A chassi/cabine pode ter volume de carga de até 22 m³, enquanto a de passageiros não só manteve as opções de 9+1 e 15+1 como adicionou as 17+1 e 20+1 – o motor condiz com tudo isso ao vir em 116 cv ou 146 cv, dependendo da versão. É uma lista tão extensa que chega a 44 opções possíveis, com peso bruto total (PBT) entre 3,5 e 5 toneladas. Os preços ainda não foram divulgados.