Opel Adam

Opel AdamDepois de diversas especulações sobre seu futuro, sendo a maioria não muito positivas, a Opel mostra plena disposição de se revigorar. Esta divisão da GM já apresentou amplos planos de reestruturação da linha de modelos e da produção, de forma que seu futuro tem tudo para ser brilhante. Parte dele, aliás, acaba de se anunciar com a chegada do Adam. Este subcompacto já foi flagrado várias vezes ao redor da Europa, e agora chega com vasto potencial para enfrentar a recém-firmada categoria dos compactos de imagem.

É interessante analisar as interpretações do conceito de um segmento determinado que cada marca faz quando lhe coloca um modelo seu. Anos atrás, a VW e a Mini tiveram a ideia de reeditar Beetle e Cooper, na ordem, mas apenas com a ideia de dar certo espaço à nostalgia no contexto atual, oferecendo um carro com todas as tecnologias mais recentes mas estilo que não nega a origem nas décadas anteriores. Esse caminho foi seguido pela Fiat com o 500, mas quando vieram Audi A1 e Citroën DS3 a ideia foi outra. Eles procuraram atrair abusando da modernidade e se valendo da premissa de não precisar se dedicar a espaço generoso ou desempenho arrebatador – são carros que se compram exclusivamente pelo apelo emocional. Fato é que, por mais retorcidas sejam essas fórmulas, esse nicho de mercado ganhou força. Pode-se dizer, aliás, que já virou um segmento estável em vários mercados. E isso é o que explica a investida da Opel com seu mais novo lançamento… e também o fato de que ela não perdeu a oportunidade de também expor a sua interpretação particular.

Opel AdamAfinal, de qualquer ângulo é fácil de ver que o Adam parece tão futurista e até “fashion” quanto o DS3, por exemplo, mas ao mesmo tempo tem toques retrô que aludem ao Cinquecento. A dianteira destaca a grade com farois elevados e a curiosa solução de acima do filete cromado usar acabamento horizontal e abaixo em colmeia. As laterais formam uma combinação de muito bom gosto entre o ar retrô da linha cromada que contorna as janelas e as separa do teto, que por sua vez pode vir em cor contrastante, e a modernidade dos vincos fortes e de forma parecida aos usados nos demais Opel atuais. A traseira apresenta um corte mais comedido, mas também tem seus talentos por combinar as lanternas em formato irregular com as luzes de neblina e ré em simples círculos. É um resultado muito bom, e que se posicionará abaixo do Corsa, que na Europa continua sendo o compacto familiar da linha. Aliás, o nome do carrinho é uma homenagem ao fundador da marca, Adam Opel – tal qual a Ferrari fez com seu super(hiper)esportivo Enzo Ferrari.

A cabine deste carro foi projetada para agradar tanto quanto o exterior, e da mesma forma. Espaço nunca é o forte desse tipo de carro, mas seus quatro ocupantes estarão fascinados pelo painel que mistura várias partes na mesma cor da carroceria, e que ostenta no console central uma touchscreen de 7”. Este ímã do público jovem concentra uma central de entretenimento com Bluetooth e conexão para smartphones Apple e Android, além de uma infinidade de funções. Outro aspecto em que ele apresenta opções intermináveis é a personalização: teto e carroceria podem vir em várias combinações de cor, existem vários tipos de rodas e de pintura para elas, e ele pode ganhar detalhes de alta criatividade, como o forro do teto simulando estrelas. Suas versões são Glam, Jam e Slam, e inicialmente ele será movido apenas a gasolina, oferecendo um 1.2 e duas opções de 1.4, sempre com câmbio manual de cinco marchas e fartura de tecnologias como a ecoFLEX, que inclui o sistema start/stop para otimizar consumo e emissões. A estreia do modelo está prevista para o Salão de Paris, e as encomendas começarão logo depois.