Lançamentos como este têm a capacidade de fazer um entusiasta de carros brasileiro ficar contente e desapontado ao mesmo tempo. Este artigo vai comentar sobre a série de características que tornam a mais nova versão do GLK uma opção bastante atraente em seu mercado, mas é justamente este poder de sedução que nos faz lamentar mais uma vez que a política brasileira limite a oferta de movidos a diesel. Infelizmente só nos resta continuar torcendo por sua reversão e dar as boas-vindas a importados como este.
Praticamente qualquer motorista europeu confirma: carros movidos a diesel são um excelente negócio. O combustível custa menos e seu consumo é comedido, mas a tecnologia vem se encarregando de incrementar a lista de vantagens cada vez mais. A reclamação do barulho excessivo se contornou com as sucessivas melhorias em isolamento acústico de cabine e área do motor, ao passo que as evoluções de desempenho já tornam algumas unidades a diesel mais fortes que suas equivalentes a gasolina. A questão é que os motores a diesel sempre tiveram torque proporcionalmente muito maior e ainda por cima chegando em rotações mais baixas, criando um conjunto que cai como uma luva tanto para os utilitários como para os carros de vocação urbana. As últimas décadas tornaram essa situação ainda melhor porque se somou todo um grupo de tecnologias, cujos membros mais famosos são turbo, intercooler e injeção common-rail. Estas novidades vêm aumentando potência e torque e reduzindo consumo e emissões de forma tal que ficam cada vez mais frequentes casos como o do sétimo VW Golf: suas duas versões esportivas usam motores 2.0, mas o GTI tem apenas 40 cv a mais que a unidade a diesel da GTD.
Assim como a Peugeot, a Mercedes-Benz tem experiência enorme com esta propulsão porque já trabalha com ela há várias décadas. O GLK que chega ao Brasil usando diesel é a versão 220 CDI, que aparece no conjunto comum por R$ 169.900 e no Sport por R$ 199.900. Os itens de série de ambas incluem sete airbags, alerta de fadiga, controle de estabilidade, central de entretenimento com comando de voz Linguatronic, freios adaptativos com secagem automática dos discos, regulador de velocidade em declives e suspensão adaptativa. Já a variante Sport adiciona bancos dianteiros com regulagens elétricas e memória, assistente automático de estacioamento, teto solar panorâmico elétrico, farois bi-xenônio com limpadores e Intelligent Light System, sistema Command Online com navegação GPS e internet e o kit de acessórios visuais que inclui parachoques esportivos e rodas de liga leve aro 19”. O trem-de-força conta com a série de tecnologias BlueEfficiency, que incluem pneus com baixa resistência à rolagem e sistema start/stop para otimizar o consumo de combustível e o nível de emissões. Tudo isso se aplica ao 2.0 biturbo para resultar na potência de 170 cv e no torque de 40,8 kgfm, este chegando já nas 1.400 rpm. Utilizando tração integral 4Matic e câmbio de sete marchas, o GLK 220 CDI faz a aceleração de 0 a 100 km/h em 8s8 e chega à velocidade máxima de 250 km/h.