Pertencer a um mesmo segmento nem sempre significa que todos os seus participantes tenham a mesma preocupação de necessariamente superar o líder. Entre uma marca e outra podem existir estratégias de mercado tão diferentes que a interpretação de sucesso em vendas resulta bastante relativa. As imagens podem não revelar muito, mas é o que há por baixo delas que traduz o clima de festa na Mitsubishi: você está prestes a conhecer as vantagens que o ASX ganhou ao passar a ser produzido em território nacional.
Este é o primeiro resultado do programa Anhanguera II, que consiste em um investimento de R$ 1,1 bilhão destinados à fábrica de Catalão (GO) e que se fez totalmente com capital nacional. Além da ampliação da produção, agora serão fabricados no país primeiro ASX e Lancer, e futuramente outros modelos da marca. Foi feita também até a fábrica de motores, de forma que o 2.0 16v também ganhou cidadania brasileira. As vantagens de decisões como essa começam nos preços, que ao perder as taxas de importação do Japão foram reduzidos ao inicial de R$ 83.490. Além disso, não foi necessário investir em facelifts porque o modelo importado já trazia a renovação que se fez ainda no ano passado. Além da adoção das rodas de liga leve aro 18” e novos pneus, a suspensão foi recalibrada para conseguir um comportamento mais adequado às condições de rodagem brasileiras. O resultado foi a evolução de um crossover que já era conhecido desde 2010 por oferecer um conjunto de alta qualidade. O porte e a faixa de preço antecipam que o ASX reforça sua participação no nível médio de seu segmento, competindo com nomes de peso como Hyundai ix35 e Honda CR-V, veteranos como Chevrolet Captiva e Kia Sportage e também novatos como Fiat Freemont e a nova fase do Toyota RAV4.
Como já era de se esperar, a Mitsubishi manteve o custo/benefício como um ponto forte. A versão de entrada já traz de série airbag duplo, ar-condicionado automático, conexão Bluetooth, direção elétrica, freios ABS com EBD, sistema de som multimídia com comandos no volante, trio elétrico e volante em couro. Trocar o câmbio manual pelo CVT leva o preço a R$ 89.490, enquanto a versão de topo soma essa transmissão à tração 4x4 por R$ 99.990 – esta traz farois de xenônio e teto solar panorâmico como um kit opcional por R$ 6 mil, mas sua lista de série adiciona bancos de couro com aquecimento nos dianteiros e ajustes elétricos para o do motorista, central de entretenimento com leitor de DVD, airbags laterais, de cortina e de joelhos, controles de estabilidade e tração, hill holder e sensores de estacionamento, chuva e luminosidade. Sob o capô, a dianteira no famoso estilo jetfighter encontra resposta no moderno motor Mivec com comando de válvulas variável para aplicar os 160 cv de potência e 20,1 kgfm de torque sobre seus 1345 kg para chegar à aceleração de 0 a 100 km/h em 9s6. A transmissão CVT simula seis marchas, e ainda conta com a opção de trocas manuais por borboletas no volante.