Para uma montadora de automóveis, conquistar a confiança do público de um país é uma tarefa cuja execução é tão difícil quanto importante para operar de forma satisfatória. Mercados pequenos costumam recebê-los com muito mais facilidade, mas as marcas se esforçam mais nos maiores porque seu potencial de lucros resulta proporcionalmente muito maior. É por isso que o Brasil, por exemplo, tem visto chegadas de modelos renovados e inéditos em quantidade suficiente para consolidar uma lista de segmentos maior do que nunca.
Trazer o Altima ao Brasil nas gerações anteriores não se justificava porque seu segmento ainda era um nicho de mercado, entre os sedãs médios e os mais luxuosos. Tinha poucas opções e consequentemente público ainda relutante em apostar nelas. Foi o sucesso de nomes como Ford Fusion e Hyundai Azera que atraiu a atenção das montadoras para trazer seus exemplares ou melhorar a oferta que já faziam no país, aproveitando as vantagens de impostos sempre que era possível. Porém, entrar em um mercado competitivo demais também demanda cautela porque se torna ainda mais difícil de fazer um estreante deslanchar. O que tornou este cenário interessante para a Nissan foi poder combinar o potencial de duas “direções” diferentes, basicamente.
Já a “horizontal” seria o fato já mencionado de o Altima entrar na disputa de um público-alvo já estabilizado, sem riscos de de repente voltar a se dividir entre os segmentos superior e inferior. Já a “vertical” foi a chance de trazê-lo junto com a nova fase do Sentra para criar um efeito benéfico a todo o conjunto da linha Nissan: oferecer mais um modelo e em uma categoria mais alta que todas as ingressadas até então ajuda a agregar valor à imagem que a marca tem frente aos clientes, ao passo que o próprio sedã, por sua vez, torna-se uma opção mais atraente por vir de uma empresa que está expandindo suas operações no país.
Analisar as imagens mostra que a Nissan não tem exatamente resistido à tendência da identidade de design, mas sim “particionado” esse conceito, aplicando uma para cada estilo de carro em vez de unificar a linha inteira. Isso é o que permite trabalhar melhor a semelhança com os irmãos Sentra e Versa, criando conexões de ótimo gosto mas sem perder a divisão de níveis. Já as formas mais conservadoras da cabine do Altima mostram que ele foca no conforto e na segurança, expondo a tecnologia como um coadjuvante. Seus itens de série incluem bancos de couro, ar-condicionado digital bizona, chave presencial I-Key, quadro de instrumentos personalizável, sistema de som premium Bose e os famosos bancos “Zero Gravity”: eles foram desenvolvidos em parceria com a NASA para que sua espuma sempre absorva o máximo possível das vibrações do rodar, minimizando o que se transmite aos ocupantes e, com isso, simulando um ambiente sem gravidade.
Por outro lado, a segurança se faz com alerta de presença em pontos cegos e de objetos em movimento ao acionar a marcha à ré, monitoramento de pressão dos pneus e de mudança de faixa não-planejada e controles de estabilidade, tração e subesterço. O Altima chega ao Brasil apenas na versão de topo SL por R$ 99.800, trazendo o motor 2.5 de 182 cv assocido ao câmbio CVT Xtronic. Ele também já pode ser reservado tanto pelo site como pela rede de concessionárias da marca.