Quem lê este blog com frequência provavelmente já reparou que as menções feitas aos carros esportivos costumam relembrar a ligação que têm com os valores emocionais. Suas características técnicas sempre terão o poder de fascinar quem se interessa por esta área, mas o que lhes torna tão especiais é mesmo o tão cultuado ar de exclusividade. No entanto, isso é o que motiva a criação de modelos como a versão AMG do Mercedes-Benz Classe A. O que você está prestes a conhecer se baseia no mesmo conceito, mas segue um ramo bem diferente.
Quando se fala no tal ar de exclusividade, a definição “oficial” se relaciona somente a valores bastante abstratos, como a sofisticação de uma cabine recheada de equipamentos, a sensação de elegância vinda do uso de materiais de qualidade melhorada e a exaltação do conceito do próprio carro que vem com a adição de acessórios visuais, sem falar em tudo o que se pode derivar do uso de motores com as tais características técnicas melhoradas que se mencionaram antes. Tudo isso integra mesmo a imagem que o público tem desses carros, mas é novamente só uma parte do total porque o cenário real inclui o preço. Os outros fatores podem distinguir os esportivos entre os vários tipos de carros, mas é o preço que lhes torna especiais aos olhos do público.
Lidar com essa questão é o que vem promovendo os esportivos há décadas, mas nos últimos tempos ela passou a dividir espaço com outra estratégia. O conceito básico dessa última vem de que se um esportivo “de verdade” sai tão caro, se a empresa consegue oferecer pelo menos uma parte de suas características a preços mais acessíveis seria possível agradar à parcela dos entusiastas que tem orçamento mais limitado. A partir daí o desafio passou a ser definir o que se pode tirar e o que não, para encontrar o compromisso entre exaltar a ideia original e manter preços aceitáveis. A experiência que as montadoras conseguiram nos últimos anos concluiu que a resposta certa na verdade varia com cada carro. Para um popular, por exemplo, não se precisa mais que alterar o visual.
Já quando se passa aos R$ 163.500 que se pedem pelo A250, a situação se complica porque ganha dois limites. A necessidade de ficar longe do A45 AMG se soma à de manter distância das versões urbanas o suficiente para agradar o público dessa faixa de preço. A primeira se resolve com a escolha do motor: o 2.0 turbo rende 211 cv aqui, comandados pelo câmbio automatizado com sete marchas e dupla embreagem 7G-DCT. Não se comparam aos 360 cv do irmão mais forte, mas atraem muito mais que os 156 cv dos mais fracos e lhe aceleram de 0 a 100 km/h em 6s6 e à velocidade máxima de 240 km/h. Esses números são ajudados pelo pacote Sport AMG, que traz grade frontal exclusiva, rodas de liga leve aro 18” e parachoques mais aerodinâmicos.
Por sua vez, a segunda necessidade se resolve com a extensa lista de equipamentos desta versão. Estão lá sete airbags, assistente de estacionamento, ar-condicionado digital bizona, central multimídia com navegação GPS, controles de estabilidade e tração, farois bi-xenônio com LEDs diurnos, freios adaptativos e a já tradicional lista de sistemas eletrônicos de segurança. Isso se soma a outros detalhes exclusivos do kit de aparência mencionado, como os bancos esportivos com encosto integrado, apliques internos simulando fibra de carbono e detalhes da cabine em vermelho. Considerando que o A200 se vende no Brasil em duas variações, esta passa a ser a quarta opção do Mercedes-Benz Classe A oferecida em nosso mercado.