Até alguns anos atrás, ninguém poderia imaginar que o Camaro teria a imagem que conseguiu formar no Brasil. Afinal, automóveis esportivos quase nunca convertem a empolgação com que são recebidos em números de vendas com a mesma proporção. Mas o muscle car da Chevrolet conseguiu não só agradar ao nosso público como chegou até a integrar a cultura popular, entrando em letras de músicas. Tudo isso ajudou a lhe tornar o esportivo mais vendido do Brasil… e a motivar a marca a agraciar seus entusiastas mais uma vez.
Normalmente, qualquer fabricante de carros esportivos faria de tudo para evitar que a imagem do seu modelo se expusesse em excesso. Afinal, isso costuma prejudicar a opinião que seu público-alvo tem, e com isso as vendas que ele virá a ter. Mas o caso do Camaro é diferente porque ele integra a tão famosa estirpe dos pony cars. Esta subcategoria de esportivos é tipicamente norteamericana, e inicialmente representava modelos de desempenho quase tão alto quanto o preço era baixo. Tanto cupês como roadsters, eles costumavam compartilhar a mecânica com modelos convencionais da mesma marca para baixar os custos de produção, mas ganhavam estilo próprio e uma série de melhorias relacionadas à performance.
Depois de ter entrado em queda nos anos 1980 e 1990, essa categoria voltou aos holofotes nos anos 2000 após uma mudança de estrategia. Chevrolet, Dodge e Ford decidiram a investir na ideia “retrô”, com carros modernos cujo estilo é uma releitura moderna do daqueles. E isso é o que vem fazendo o sucesso de Camaro, Challenger e Mustang desde então, não só nos Estados Unidos. Ou seja, em carros como esses o desempenho ganha a mesma prioridade que o visual arrebatador, e estas são seguidas de perto pelo preço atraente. No exemplo da Chevrolet, o Camaro nunca chegou a disputar clientes com o Corvette porque este último é bem mais refinado. Existe uma diferença de performance e de preço entre eles, e com isso também uma de público.
Por tudo isso é que a Chevrolet não só apoia que o Brasil integre o Camaro ao seu cotidiano como até estimula a tal: a cor de lançamento da versão conversível é o famoso amarelo. A novidade custa R$ 239.900 e usa capota de lona preta. Ela é revestida com espuma acústica e abriga o vidro traseiro térmico, para reduzir o ruído interno, e deslocou a antena tipo “tubarão” para a tampa do porta-malas. Seu acionamento elétrico é feito por um botão no painel, sempre com o câmbio na posição P, e leva vinte segundos. A retirada do teto trouxe reforços estruturais tanto na dianteira como na traseira, com o fim de manter a rigidez torcional e o equilíbrio dinâmico do cupê. Em paralelo, ele conta com controles de estabilidade e tração.
Falando em equipamentos, ele repete a lista do irmão: os destaques são central de entretenimento MyLink, com câmera de ré, conectividade Bluetooth, navegador GPS e reconhecimento de voz; sistema de áudio multimídia, que traz dez alto-falantes de alta definição e subwoofer de 10”; e heads-up display, que projeta sobre o parabrisa informações tanto do desempenho como do GPS ou da música que se está escutando. Sob o capô, outra vez está lá o 6.2 V8 Small Block, de 406 cv e 56,7 kgfm. Ele tem comando de válvulas variável e gerenciamento ativo de combustível, para reduzir o consumo em situações de baixa demanda. O câmbio é sempre automático com seis marchas, e traz opção de trocas pelas borboletas atrás do volante.