Mais uma ganhou sua vez entre nós. Depois da Brabus, especializada em modelos Mercedes-Benz, agora é a vez de a preparadora Oettinger começar a operar no Brasil. Esta se dedica aos carros da Volkswagen, principalmente, em um trabalho que já dura várias décadas – no mercado europeu, ela chegou até a apimentar os Fusca originais. A operação em território nacional vai começar apenas com o Golf GTI, sempre em sua geração mais recente, mas apresenta uma oferta com potencial de tornar seu nome bastante popular também por aqui.
Considerando que os fabricantes alemães não largam sua famosa discrição nem nas versões de alta performance de seus automóveis, não é de se estranhar nem um pouco que isso termine sendo o primeiro dos atrativos que as preparadoras independentes ofereçam. Seu trabalho não chega a se associar ao conceito de tuning porque este é muito relacionado à individualização de cada carro. Casos como Brabus e Oettinger (e ABT, Alpina, Carlsson… No exterior existem várias) procuram apenas diferenciar o modelo do que seu fabricante oferece, sem deixar de lado a produção seriada. Por outro lado, isso lhes permite vantagens como oferecer garantia própria para o carro modificado. Só este argumento já ajuda a ganhar a confiança de muitos interessados.
Antes de que você comece a analisar as imagens com calma, vale fazer uma ressalva um tanto frustrante: a versão duas-portas não virá para o Brasil. Como a Volkswagen só oferece de forma oficial o quatro-portas, a preparação da Oettinger só será vendida no país seguindo essa oferta. Mas tudo indica que estarão lá os mesmos acessórios vistos nestas imagens: alguns deles são parachoques de estilo mais agressivo, defletores de ar laterais e traseiro, adesivos bem discretos na dianteira e nas laterais, e as interessantes rodas de liga leve pintadas de preto com o arco exterior em vermelho. Outra notícia muito boa é que aquela tal oferta variada, mencionada no começo deste texto, faz referência ao fato de que tudo isso se oferece em pacotes.
Em outras palavras, você pode dispensar parte da preparação para controlar o preço final. O pacote aerodinâmico conta com os spoilers mencionados e uma nova grade dianteira, por R$ 13.500. Já outro pacote inclui o sistema de exaustão traseiro, e sai pelo mesmo preço. Por fim, o terceiro pacote incorpora as tais rodas, que medem 19” e usam pneus 235/35, e custa R$ 26.900. O cliente pode escolher qualquer um deles e equipá-lo sobre qualquer Golf GTI de geração atual, sem depender do pacote com o qual este vem de fábrica. Com isso, um Golf GTI que passa pelas mãos da Oettinger pode custar entre R$ 135 mil e R$ 179 mil. Isso considerando apenas os modelos zero-quilômetro – a preparadora também aceita aplicar os pacotes a unidades já em uso.
Equipamentos que aparecem em todas estas opções são os que melhoram o motor. Seu quatro-cilindros 2.0 TSI tem sua potência de 220 cv aumentada para 290 cv sem alterar o torque de 44,8 kgfm (a transmissão original que a Volkswagen usa para ele, automatizada de seis marchas, não suporta níveis muito maiores deste último). Tudo isso é suficiente para acelerá-lo de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos, antes de chegar à velocidade máxima de 256 km/h. O modelo preparado logo ao sair da fábrica será oferecido no Brasil nas mesmas cores do GTI original, mas terá uma garantia de dois anos ou sessenta mil quilômetros, o que ocorrer primeiro. Assim como a Brabus, a Oettinger tem planos de aumentar sua oferta brasileira nos próximos meses.