Existem carros que qualquer fabricante gostaria de ter no próprio portfólio. Modelos como BMW Série 3, Toyota Corolla ou Volkswagen Golf não só vendem muito bem como mantêm seu público estável por vários anos, mesmo com as sucessivas mudanças de geração. E isso, numa época em que centenas de novas opções são apresentadas a cada ano ao redor do mundo, virou uma característica cada vez mais procurada. Embora o Fiat 500 atual ainda esteja nos sete anos de mercado, seu desempenho comercial indica que ele tem tudo para chegar a fazer parte dessa estirpe tão invejada.
Na Europa, seu sucesso começou a existir por conta de um bom timing. Ele foi concebido de maneira a aproveitar a tendência de carros “retrô”, iniciada por Mini Cooper e Volkswagen Beetle. No entanto, o tamanho reduzido do Cinquecento lhe permitiu atrair clientes também por ser um hatchback de duas portas. Ele passou a ser visto como um compacto com mais charme e estilo, e não como um caro e distante carro de imagem, e isso despertou a atenção das outras empresas. Durante os anos seguintes ele reforçou a imagem original, ao receber tantas edições especiais que beiram o incontável, e ao mesmo tempo ajudou a fundar toda uma nova maneira de se trabalhar com a categoria dos chamados “superminis”.
Vindo ao Brasil, essa dualidade só se repetiu quando ele passou a ser importado do México, por causa da redução de preços permitida pelo acordo entre os dois países. Seu carisma passou a seduzir quem iria levar Palio ou Punto mas não precisava de um conjunto voltado à família. A Fiat se esforçou em aplicar valor muito similar ao daqueles em uma maneira diferente: em vez de espaço e motor grandes, lista de equipamentos farta e maior personalização, mas associados à mesma parte mecânica dos irmãos para afastar o medo do pós-venda complicado. Depois, bastou somar a versão Cabrio, em 2012, e o compacto garantiu seu lugar entre nós. As novidades para o ano que vem não são muitas, mas só tornaram seu conjunto melhor.
Seguindo o padrão do modelo vendido nos Estados Unidos, o Cinquecento ganhou a opção de um sistema de áudio da marca Beats. Ele é um opcional de R$ 1.900 que traz seis alto-falantes, amplificador de 368 Watts e subwoofer de oito polegadas (situado no porta-malas), além dos logotipos alusivos à marca. Além disso, o console central foi redesenhado em todas as versões, e agora oferece porta-objetos, porta-copos duplo e uma entrada USB adicional. Também veio um novo desenho para as rodas de liga leve aro 15”, e a versão topo-de-linha, Cabrio Air, apresenta um novo quadro de instrumentos. Ele inclui tela digital circular de alta definição e as funções econômetro, gráfico auxiliar de estacionamento, indicador de combustível e temperatura, e velocímetro.
Hoje em dia, o Fiat 500 reflete a aceitação que teve no mercado brasileiro em sua lista de versões. Se anos atrás elas só diferiam em detalhes de acabamento, agora é possível escolher entre duas opções de carroceria, de motor, e de transmissão. A única variação de carroceria fechada é a Cult 1.4 Fire Evo, que sai por R$ 47.390 com câmbio manual e R$ 49.600 com o automatizado Dualogic. O 500C com o mesmo motor passa a R$ 56.900 e a R$ 59.900, na ordem. Por último, a já mencionada versão Cabrio Air ocupa o topo da linha combinando o eficiente motor 1.4 16v MultiAir (também equipado com a tecnologia bicombustível) ao câmbio automático de seis marchas e custando R$ 66.300.