Se um dia a atual linha Clio era atrativa pela modernidade das linhas, os anos fizeram seu papel, e tanto hatch quanto sedan começaram a perder competitividade. A Renault aproveitou que seu sedã de baixo custo Logan já estava fazendo sucesso, e resolveu criar uma variante hatchback, inédita no mundo.
Por fora, o Sandero surpreende porque alivia a sobriedade excessiva do sedã, e consegue chegar a um estilo mais agradável, chegando até a ser levemente esportivo, ainda que não chegue necessariamente a ser bonito. Mas ele reafirma o parentesco ao ter “genes” como o retrovisor único (o direito é o esquerdo montado ao contrário) e os faróis monoparábola.
No interior, se a cabine não exibe arroubos de estilo ou sofisticação, herda todo o excelente espaço, fruto das generosas medidas como o entre-eixos de 2,59 metros. Quanto a equipamentos, a versão básica Authentique vem muito mal-equipada, mas a situação já melhora com a intermediária Expression, e ainda mais com a topo Privilège, mas sempre com preços atrativos, ainda que mais caros que os do Logan.
Quanto à motorização, o Sandero pode vir com os motores flexíveis 1.0 16v, mais voltado ao baixo custo, 1.6 de 92/95 cv, com força ótima para o ciclo urbano, e 1.6 16v de 107/112 cv, mais adequado para casos de uso mais frequente na estrada.