Para muitos, só ouvir falar em Audi já traz a ideia de esportividade, mesmo que se trate de um pacato A3. E na verdade nem chegam a estar tão errados, porque a marca das quatro argolas vem sendo a mais ousada das três grandes alemãs quanto a design. Isso se ressalta com a versão mais “nervosa” daquele, o S3. Mas nem eles e nem os clientes se contentariam com ele. Resultado? Chegou a superesportiva RS3, desembarcando em 20 unidades, por R$ 298 mil.
Parte do preço exorbitante vem pelo carisma que a sigla RS tem na marca. Afinal, ele vem a herdar o espírito da pioneira Audi RS2, perua desenvolvida em conjunto com a Porsche nos anos 90, e que chegou a ser a mais rápida do mundo. E o RS3 consegue fazer jus a toda esta fama. O desenho do A3 já era moderno e estiloso, dentro da sobriedade típica dos alemães, mas sobre ele colocaram vários detalhes na cor prata, belíssimas rodas de 19”, todo um kit aerodinâmico com spoilers dianteiro, laterais e traseiro, e um parachoque dianteiro cujas enormes entradas de ar já denunciam sem pudor que ver este carro no retrovisor é quase uma intimação a lhe dar passagem.
Sua cabine não poderia deixar de condizer com tanto requinte exterior. A cor preta é típica num modelo esportivo assim como a combinação com os diversos detalhes em alumínio, dando o típico ar de modernidade. E o volante multifuncional em couro e com base plana é um excelente símbolo da personalidade do carro: esportivíssimo sem deixar de lado o luxo. Luxo este que também se projeta na lista de equipamentos, que contempla bancos dianteiros especiais, direção eletromecânica, controle de estabilidade, ar-condicionado digital, sistema de estacionamento e sistema de som da renomada marca Bose.
Mas a cereja deste bolo está mesmo sob o capô. O conjunto mecânico deste carro deve ter praticamente todo o portfólio de modernidades que a Audi possui atualmente. O motor é um 2.5 TFSI turbo e de cinco cilindros, que gera 340 cv. A tração é integral Quattro, e o câmbio é o S-tronic de sete velocidades e dupla embreagem, que agiliza as trocas. Aliando isso ao uso de fibra de carbono em partes da carroceria, chegamos ao ótimo peso de 1575 kg. Tudo isso resulta na aceleração de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos. E juntando sistemas como a bomba de óleo sob demanda e o sistema de recuperação de energia em desacelerações, o carro apresenta seu último encanto: consumo médio de 11 km/l.