Pelo menos no Brasil, a Chevrolet tem certas tradições na gama de modelos: as peruas deram lugar às minivans, e os sedãs têm presença massiva: estávamos até então já com oito. Mas tamanha oferta vem de modelos arrastados ao longo dos anos apoiando-se apenas no preço baixo; isso precisava mudar logo. O Cruze chegou para o lugar do Vectra, e agora o Cobalt vem para substituir os sedãs de Corsa e Astra de uma vez, trazendo muitas vantagens.
Embora sejam parecidos, o Cobalt não é uma simples versão sedã do Agile, e com isso deixou de repetir as tragédias de desenho daquele. Sua frente apresenta farois e grade no mesmo estilo, mas é inegável como retrabalhar as proporções ajudou muito: ele tem linhas que seguem o estilo Chevrolet atual mas mantendo a coerência entre uma parte e outra, qualidade que se preserva nas laterais de cintura tão alta quanto a traseira. Ele conseguiu um ar elegante e imponente, usando cromados e vincos na medida certa; de qualquer ângulo é fácil lembrar dos outros sedãs da marca.
Ainda mais interessante que seu desenho é o tamanho que ele ocupa: 4,48 m de comprimento por 1,73 m de largura e 1,51 m de altura lhe dão tamanho de modelo médio, que combina muito bem com o excelente entre-eixos de 2,62 m. Ou seja, ele é tão espaçoso quanto, mas mais elegante que Renault Logan e muito mais bonito que Nissan Versa, seus principais rivais. E essas boas impressões continuam na cabine, com o brilhante conceito de duplo cockpit que faz as portas parecerem continuações do painel, e com isso passando a sensação de a cabine ser maior.
Além do latifúndio que abriga cinco pessoas tranquilamente, seu interior oferece detalhes de muito bom gosto, como o velocímetro digital em tela azul, combinando com a do sistema de som. Tudo isso envolto pela decoração em duas cores dos revestimentos que também aparecem no volante vindo do Cruze. Outro ponto muito interessante é o porta-malas de 563 litros, quando um VW Voyage, por exemplo, pára em quase 100 litros a menos. A própria Chevrolet diz que o Cobalt é mais espaçoso que seu atual sedã médio.
O Cobalt virá em três versões. Por R$ 39.900 temos a LS, trazendo ar-condicionado, direção hidráulica e travas elétricas. Depois vem a LT por R$ 43.700 agregando rodas de liga leve aro 15”, vidros elétricos dianteiros, airbag duplo e freios ABS. E a LTZ completa a gama, saindo por R$ 45.900 e adicionando farois de neblina, computador de bordo e sistema de som multimídia, entre outros. Por enquanto ele só vem com o 1.4 Econo.Flex de 102 cv e torque de 13 kgfm, que só lhe dão um desempenho “honesto”. Futuramente virão o motor 1.8 antes usado no Corsa, e o câmbio automático.