Ela fundou o segmento das picapes médias por aqui. Chegou aliando o jeitão imponente das picapes americanas às linhas arredondadas e limpas dos anos 1990, com detalhes de estilo exclusivos do Brasil. Logo ganhou a companhia da Blazer, e pouco a pouco foi cativando o público até alcançar a liderança de mercado. Mas os anos passaram e a concorrência investiu pesado. Maiores, mais modernas, e eficientes, as ameaças ficavam cada vez mais fortes, e a pioneira precisava reagir. Dezesseis anos depois, chega a reinvenção da S10.
Ela agora é parte do projeto global que em outros mercados atende pelo nome de Colorado. Seu desenho teve grande participação da filial brasileira, e segue todas as tendências atuais para compor um estilo que não se preocupa em revolucionar, mas impressiona muito bem. São linhas modernas e elegantes que partem de uma interpretação muito bem-trabalhada do tema de dianteira dos Chevrolet atuais, com itens em agradável proporção tanto em tamanho como em posição. As laterais trazem linha de cintura elevada e um bonito detalhe que parte da porta dianteira para terminar só depois da roda traseira. E a parte de trás conta com vistosas lanternas retangulares com elementos saltados, compondo um conjunto que consegue imponência sem parecer bruto.
A espaçosa cabine traz desenho e requinte típicos de um carro urbano, mas com o estilo de duplo cockpit já característico da marca. Enquanto o quadro de instrumentos traz velocímetro e conta-giros bem separados como no Camaro e o volante multifuncional lembra o do Cruze, ela traz detalhes próprios como o bonito visor do sistema de som ladeado pelas saídas de ar, e o elegante painel de comando do ar-condicionado quando vem com o aparelho digital: forma um grande círculo com os botões agrupados ao redor da tela. Uma grande sacada foram os porta-copos retráteis logo abaixo das saídas de ar laterais: essa posição permite que a bebida colocada ali se mantenha refrigerada sem nada mais que o próprio funcionamento do ar-condicionado.
A S10 virá em versões LS, LT e LTZ, motores 2.4 flex ou 2.8 turbodiesel, câmbios manual de cinco marchas ou automático de seis e cabines dupla ou simples, em que esta traz banco do passageiro para dois e caçamba mais baixa, com tampa sem chave e com ganchos nas laterais externas para acomodar carga. O 2.4 FlexPower é o mesmo de antes e só vem com 4x2, mas recebeu uma extensa série de modificações para funcionamento mais suave e menos poluente. Gera 141/147 cv a 5200 rpm e torque de 24,1 kgfm a 2800 rpm. A grande novidade é o moderno Duramax 2.8 CTDI, que abusa de tecnologias como turbina de geometria variável, common-rail e balancins roletados para chegar a 180 cv e torque de 45 kgfm a 2000 rpm (48 kgfm quando com câmbio automático).
Apenas a versão LTZ é restrita à cabine dupla. A básica LS traz de série ar-condicionado, direção hidráulica, freios ABS, computador de bordo e grade de proteção do vidro traseiro (cabine simples). Logo acima vem a LT, adicionando alarme, airbag duplo, coluna de direção regulável, sistema de som multimídia, vidros elétricos, retrovisores com luzes de direção, rodas aro 16”, diferencial limited slip e piloto automático com controles volante. Por fim, a LTZ agrega ar-condicionado digital, bancos couro tendo o do motorista ajustes elétricos, volante também com comandos do som, lanternas em LED, rodas aro 17”, detalhes cromados pelo interior e exterior e controles de tração e estabilidade (estes para o motor diesel).
Além de vir em seis cores, a S10 vem com uma extensa lista de acessórios para personalização, como racks de teto, capota marítima, santantônio, trilhos para a caçamba, cromados pelo exterior e estribos laterais. O lazer fica por conta da central multimídia com DVD, e a proteção com sensor de estacionamento, protetor do parachoque dianteiro e farois de milha. Com o motor 2.4, a LS parte de R$ 58.868, LT de R$ 61.890 e LTZ de R$ 84.400. E com o turbodiesel 2.8, LS começa em R$ 85.400, LT em R$ 98.900 e LTZ em R$ 117.400. É de se estimar que a S10 mais equipada que se pode formar atinja os R$ 150 mil.