Ele já ganhou edição especial de lançamento, apostou no setor de entrada com as duas portas, e olhou para o outro extremo com o câmbio automatizado. A Volkswagen vem se esforçando ao máximo, mas até agora seu caçula ainda não atingiu o nível de vendas esperável de um modelo da sua faixa de preço no Brasil. Porém, como o investimento que o gerou foi grande, dar-se por vencidos é uma opção que para os alemães simplesmente não pode existir. Com isso, o que você está prestes a ver é o up! recorrendo a uma solução que já salvou a existência de muitos outros modelos nos últimos anos.
cross up! é a versão pseudo-aventureira do subcompacto, que foi lançada na Europa no ano passado. Ele segue uma tendência fundada para carros maiores, como as peruas Volvo XC70 e Audi Allroad, de conciliar leves alusões ao fora-de-estrada com as qualidades de um veículo urbano. Mas como o up! é menor e mais barato, as alterações que ele recebe se restringem ao campo visual. Para o mercado do Brasil, essa receita cai como uma luva não só por ser muito bem-aceita, como pelo fato de que aqui ela é focada justamente em carros compactos. Como ela já conseguiu erguer as vendas de modelos que incluem até o Fiat Doblò, sem contar com o primo CrossFox, a Volkswagen agora quer tentar a sorte com o seu menor hatchback.
Por fora, o modelo agrada sem surpreender. A dianteira teve a seção inferior pintada de prata, com aros cromados para os farois de neblina. Os farois principais usam máscara negra, e o parachoque tem a seção central prateada. A traseira, por sua vez, procura criar conexão visual ao usar apliques muito parecidos. Já as laterais usam discretos apliques de plástico preto contornando a seção inferior, rodas de liga leve exclusivas, frisos protetores pretos com o nome do veículo, e mais apliques prateados no rack de teto e nas capas dos retrovisores. Ele segue a cartilha que já é usada por vários Volkswagen, não só no Brasil, mas é uma pena que a traseira esticada do up! nacional tenha tirado boa parte do estilo do irmão europeu.
Entrando no carro, as atenções começam a ser chamadas pelo volante, que conta com base achatada e revestimento especial. Os bancos têm revestimento exclusivo no tecido “hydra”, com o nome da versão gravado nos encostos. Já as alavancas do câmbio e do freio de estacionamento usam o padrão “native”. O painel, por sua vez, ostenta o que a Volkswagen chama “chrome effect” junto com uma grande seção em branco, e as portas trazem soleira exclusiva. Quando se fala em equipamentos, partir da versão high up! lhe trouxe banco do motorista com regulagem de altura, chave canivete, computador de bordo, direção elétrica, rodas de liga leve aro 15” com pneus de baixa resistência ao rolamento, sensor de estacionamento traseiro e trio elétrico, entre outros.
Quanto à parte técnica, nenhuma novidade. O cross up! repete o 1.0 de três cilindros e doze válvulas visto em suas outras versões, cuja potência chega aos 82 cv. Como esta é a sua nova versão de topo, ela sempre vem com quatro portas, mas pode usar câmbio manual ou o automatizado I-Motion – esta última representa um aumento de R$ 2.920 sobre o preço inicial de R$ 38.040. O apelo jovial é enfatizado pela paleta de cores externas com dez opções: suas opções sólidas são branco Cristal, vermelho Flash e preto Ninja. As metálicas são azul Night, cinza Quartzo, prata Egito, prata Lunar, prata Sirius e vermelho Ópera. E quem quiser mais destaque pode escolher a cor especial amarelo Saturno vista nas imagens.