Agora a família está completa. O segundo facelift que a família Fox recebe em seus onze anos de existência veio acompanhado de um expressivo investimento em tecnologia embarcada, com o intuito de habilitar o hatchback e a perua a competir na categoria de mercado chamada de premium – e, também, compensar em parte a decisão de não trazer mais a linha Polo ao Brasil. Ao lado da irmã SpaceFox, o compacto com nome de raposa apareceu no último Salão do Automóvel acompanhado da versão que responde por grande parte do seu sucesso de mercado desde o ano de 2005.
Embora seu nome seja americanizado, o CrossFox é uma criação bem brasileira. O automóvel de origem foi uma tentativa dos alemães de substituir o Gol no começo da década passada, mas a diferença de proposta entre ambos resultou tão grande que eles não só nunca competiram de verdade, como chegaram a conviver de maneira pacífica. Com isso, a prioridade do Fox passou a ser diferenciar-se do irmão. A versão Cross caiu como uma luva para isso por duas razões. Primeiro, sua simples criação permitiu à VW aproveitar o nicho dos aventureiros urbanos. Depois, a maneira em que o CrossFox foi concebido permitiu efetivar a distância do Gol que o seu porte sempre sugeriu, e ao mesmo tempo lhe deu uma vantagem interessante sobre os rivais.
Essa tal maneira se refere ao fato de que a Volkswagen foi mais longe do que a concorrência inicial ao diferenciar esta versão. O costumeiro pacote de acessórios “de concessionária” foi somado a retoques de acabamento interno, sistema de iluminação aprimorado, rack de teto e o controverso estepe com suporte externo. O CrossFox apresenta exclusividades suficientes para ser um excelente representante do conceito de versão diferente de um carro, e isso é justamente o que se exaltou com as mudanças de agora. Na dianteira, por exemplo, o parachoque próprio ostenta uma vistosa seção inferior em plástico preto, com detalhes prata e luzes auxiliares exclusivas. Já os farois usam máscara negra e ladeiam uma grade em preto brilhante com linha cromada.
Nas laterais, chamam atenção as rodas de liga leve aro 15” (outras de 16” são opcionais); toda a seção inferior em plástico preto, com a zona central prateada para simular estribos; capas dos retrovisores e o rack de teto prateados, e a mais discreta edição do adesivo com o próprio nome já usado pelo CrossFox. A traseira, por sua vez, divide as atenções entre a lanternas de desenho renovado, o estepe em posição central, e a pintura prateada usada no enorme suporte que este último recebeu desta vez. Tudo isso é movido somente pelo moderno 1.6 16v MSI, de até 120 cv e 16,8 kgfm. Trocar o câmbio manual pelo automatizado I-Motion, ambos de seis marchas, leva o preço de R$ 58.960 a R$ 62.210, ambos sem itens opcionais.
Entrar no carro revela as soleiras com o logotipo da versão, as pedaleiras esportivas de alumínio, e o novo volante multifuncional igual ao do Golf, mas os destaques são outros: central de entretenimento, conexão Bluetooth, tela de 5,5”sensível ao toque, sistema de áudio multimídia, assistente de partida em rampas, controle de cruzeiro, bloqueio eletrônico do diferencial, freios com função off-road e controles de estabilidade e tração, entre outros. No entanto, todos eles são vendidos como opcionais, de forma que o preço do modelo pode chegar aos R$ 73.144. O novo CrossFox terá onze opções de cor externa, sendo três sólidas, seis metálicas (adicional de R$ 1.131) e as especiais amarelo Ímola e laranja Sahara (adicional de R$ 2.039).