A marca japonesa decidiu que quer seus 5% do mercado nacional, e pelo jeito não está de brincadeira. Sua atual investida é nada menos que na guerra do segmento de entrada, em que brigam ferrenhamente veteranos como Ford Ka, Fiat Mille e VW Gol. E sua concorrência parece não sair muito destes modelos, já que o recente aumento do IPI para importados deve fazer novatas como Chery e JAC serem catapultadas de volta à China.
Além da já cansativa fórmula “muito equipamento e pouco preço”, o March se diferencia por usar a moderna plataforma V, com foco na construção mais fácil e de custo reduzido, além de ostentar um ótimo aproveitamento de espaço. Quanto a motores, a parceira Renault lhe fornece o 1.0 flex de 74 cv, que em novembro será acompanhado do 1.6 16v e de mais versões. A cabine traz linhas curvadas propondo um estilo jovial, ainda que este tema já tenha sido muito explorado pelo segmento no mundo.
Falando em design, o March é um daqueles carros que se encaixariam melhor em outra década. Por que seu desenho é futurista? De jeito nenhum. Suas formas arredondadas são simpáticas, mas lembram modelos dos anos 90, e isso não é um elogio; é o tipo de modelo que assim que perder o gosto de novidade vai envelhecer rápido. Afinal não tem personalidade: nem inclinação esportiva como o Gol, nem apoio na identidade da marca como o Chevrolet Celta e muito menos um fortíssimo carisma como o do Fiat Uno.
Mas fechando os olhos – ou se imaginando 15 anos atrás – podemos lembrar dos itens de série que ele já traz na versão básica, de R$ 27.790: airbag duplo, computador de bordo e conta-giros, com opção dos pacotes Plus (R$ 28.490) e Conforto (R$ 31.990). A 1.0 S agrega trio elétrico, ar-condicionado e direção elétrica, com rodas aro 15” como opcional, por R$ 33.390. O March oferece três anos de garantia e revisões programadas a cada 10 mil km, com a primeira saindo por R$ 149.