É muito bom ver uma série especial. O motivo pode ser comemorar algum evento ou marca de vendas, ou só mesmo ressaltar algum lado do carro em especial, mas o fato é que isso sempre acaba por exaltar sua identidade, fazê-lo ser desejado outra vez. A Chevrolet faz isso com seus modelos mais caros, como o Vectra Collection, e agora é a vez de a VW criar uma série para anteceder o face-lift do seu carro-chefe. Poderia ter vindo melhor, porém.
Considerando que o Gol levou cerca de 15 anos entre cada uma de suas mudanças radicais, a geração atual ainda parece moderna, mesmo já saindo de seu quarto ano em produção. Então depois de ter tido as séries Seleção, Vintage e Rock in Rio, a VW volta a apostar na esportividade a baixo custo, oferecendo o mesmo Gol de sempre mas com um banho de loja que vai agradar a muitos por oferecer justamente o toque de diferenciação que um Gol precisa. Entretanto, a produção mensal de 800 unidades até junho não vai fazê-lo lá muito exclusivo.
O exterior vem sempre no clássico preto Ninja, que se estende aos retrovisores, maçanetas e spoiler traseiro. Mas o visual “dark” continua com os faróis e lanternas escurecidos e as rodas exclusivas em tom grafite, que realmente ficariam melhor com aro 15” do que 14”. Outro “crime” foi restringir essa série ao motor 1.0 Total Flex, que com 76 cv não concorda lá muito bem com o estilo que o carro propõe. Mas o grande atrativo dessa série está no que o interior traz.
Volante novo e console central e quadro de instrumentos com cores novas começam a compor um pacote que inclui redes nas laterais dos bancos dianteiros e um bonito revestimento exclusivo para estes últimos, com a inscrição do nome da série. E os itens que traz não são poucos: computador de bordo I-System, sistema de som multimídia com seis alto-falantes, chave do tipo canivete e direção hidráulica. Como era de se esperar, itens importantes como ar-condicionado passam à lista de opcionais, para permitir à VW oferecer o BlackGol por R$ 34.420.